Adele - 21

Oi, gente!
Chegou o domingo, e eu tenho muitas coisinhas guardadas na minha caixinha de surpresas, implorando para serem postadas. O dia será agitado por aqui, com mais três avaliações musicais, uma resenha literária e a divulgação de uma promoção de férias. Então vamos começar?
E que tal por 21, aquele que está sendo considerado o campeão do ano, e é também o segundo álbum de estúdio da inglesa Adele Adkins?
Capa do disco
01. Rolling In The Deep: 21 nos é apresentado com a faixa Rolling In The Deep, que é inclusive o primeiro single do disco. A canção forte, furiosa e original (embora estranha ao ouvinte no princípio), além de perfeita, serve como uma prévia para as outras do álbum. Porque aqui já é possível notar sobre o que tudo irá se tratar: corações quebrados, traições, dor, raiva e melancolia. É o que dizem: situações ruins fazem músicas boas. Neste caso não foi diferente. (0 a 5): 5
02. Rumour Has It: Abandonamos momentaneamente o soul agressivo de Rolling In The Deep para nos aventurar por águas mais calmas, mas ainda assim não brandas, com Rumour Has It. A canção nos remete ao melhor dos anos 30 e 40, e eu sempre imagino Adele cantando-a em algum tipo de apresentação teatral clássica. E como as canções das antigas épocas burlescas, Rumour Has It não fica para trás: acerta em cheio em cada acorde, nota de voz e a conclusão é exatamente o esperado, levando o ouvinte a pensar em cortinas fechando-se, como se a faixa fosse uma pequena projeção. Não tenho saída a não ser dar, de (0 a 5), 5!
03: Turning Tables: Turning Tables nos traz de volta ao soul, não agressivo, mas sofrido e reflexivo. Nesta Adele canta sobre não deixar que ninguém a machuque novamente, sobre ser forte acima de tudo, não permitir que tolos sentimentos invadam seu coração da mesma maneira como fizeram antes. Embalada pelo pesado toque do piano, Turning Tables não é um dos, mas o ponto alto de todo o disco, embora todos digam ser Someone Like You. Além de aqui estarem todos os temas propostos, como amor e ódio simultâneos, amores perpétuos que assolam o coração e a fúria - principalmente a fúria - a música pode levar o ouvinte às lágrimas e aos arrepios. Tanto por sua fria e atormentada letra, quanto pelo alcance da voz de Adele aqui. Antes já era magnífica e, em Turning Tables, é explorada como nunca antes. A melhor música de todos os tempos(0 a 5): 5+++
04: Don't You Remember: Don't You Remember segue a linha tragicamente emocional de Turning Tables, embora seja definitivamente inferior. Os versos iniciais o levam a pensar que o refrão terá notas altas e pesadas, como na faixa anterior, mas não é isso que acontece. A música parece desacelerar, e assume um tom de melancolia, deixando de lado o ódio e a paixão. De início estava decidido a não gostar, mas, depois de ouvir algumas outras vezes, acostumei-me à melodia, principalmente porque a letra é avassaladora o bastante para que o resto seja perdoado. (0 a 5): 4
05: Set Fire To The Rain: Voltamos ao soul pesado que preencheu e domou nossos ouvidos em Rolling In The Deep. Embora as letras de ambas as músicas sejam bastante diferentes e com tons variados e que não igualam-se em nenhum momento, têm certas semelhanças entre si, como o constatamento de que você nunca realmente conhece a pessoa amada, o sofrimento por um rompimento de um relacionamento que durou tempos, a traição... E foi o que levou-me a gostar de Rolling In The Deep que me fez apreciar Set Fire To The Rain. Nesta os vocais de Adele estão melhores do que em todo o disco, e, se for realmente lançada como o terceiro single, como é previsto, tenho certeza de que irá hitar! (0 a 5): 5
06: He Won't Go: A faixa mais duradoura do disco atende pelo nome de He Won't Go. Mas nem por isso você torce para que ela acabe logo. E mesmo após mais de cinco minutos de melodia, você fica com um gostinho de quero mais, com o refrão sendo repetido de novo e de novo em sua mente. Só não sou muito fã do tom baixo aqui presente, que não combina muito com a voz de Adkins. (0 a 5): 4
07: Take It All: Não é uma das melhores, nem outra magnífica singularidade composta por Adele, principalmente porque parece uma regravação de Turning Tables, mudando apenas a letra e a batida, mas nem por isso significa que seja ruim. Decidi ignorar isso. Estou sendo exigente demais. Se se parece com Turning Tables, isso é uma coisa boa, certo? (0 a 5): 4
08: I'll Be Waiting: Adele aqui canta algo mais animado, mas ainda não fugindo dos temas de 21, e nos levando de volta às décadas de 80 e 90, uma viagem no tempo como em Rumour Has It. Aqui também imagino uma pequena projeção, e a leve sugestão de cortinas se fechando ao fim da canção. A fórmula repetida deu certo, embora a temática seja totalmente diferente. (0 a 5): 5
09: One And Only: Depois de Turning Tables, a minha preferida no disco chama-se One And Only, o que foi bastante estranho para mim constatar. Quando eu ouvi o álbum pela primeira vez, e de novo, e de novo, e de novo, One And Only passava e logo era esquecida. Eu nunca me lembrava da letra, da batida, de nada. Mas aí parece que a faixa foi ganhando espaço, e eu finalmente escutei o poder que a voz de Adele porta aqui. Se não fosse por Set Fire To The Rain, esta balada soul/R&B teria os melhores vocais de todo o disco! (0 a 5): 5
10: Lovesong: Sofri do mesmo esquecimento de One And Only em Lovesong, só que desta vez não consegui capturar a magia da música. O tom de Adele está baixo aqui, o que eu não gosto muito, e a faixa parece parada até demais para o meu gosto, a ponto de ficar um pouco chata no finzinho. Não é uma má composição, mas é a pior de um álbum que não contém sequer uma única música ruim. (0 a 5): 3
11: Someone Like You: Someone Like You fecha o álbum com chave de ouro. Não têm os melhores vocais, nem a melhor letra ou a melhor melodia, mas é especial por um único motivo: aqui Adele amadureceu, após tantas músicas de sofrimento e superação amorosa, ela tenta esquecer o passado, seguir novos horizontes, deixar de lado a velha paixão que a atormenta e que a fez compor onze brilhantes canções. Inicialmente não era muito fã de Someone Like You, principalmente pelo tom baixo dos versos, que só aumenta no refrão, mas depois passei a gostar. (0 a 5): 4
21 têm uma conclusão satisfatória e que deixa o ouvinte refletindo sobre o que acabou de ouvir, tentando selecionar suas preferidas e enxergar qualquer defeito nas faixas. Mas, exceto por algumas, na maioria não há nenhum. Se dependesse de mim, já ganhava o Grammy 2012 de Melhor Álbum do Ano.
Faixa Bônus do iTunes:
12. I Found A Boy: I Found A Boy é quase um cover de Take It All, que por sua vez é quase uma regravação de Turning Tables, embora só o refrão seja memorável e o resto da canção descartável. Não sou muito fã desta, mas outros podem até mesmo gostar. (0 a 5): 2
Faixas Bônus da Edição Limitada do Reino Unido:
13. Hiding My Heart: Lenta demais. Até mais lenta que Lovesong, e tão esquecível quanto. Apreciei a letra, mas nada mais, nem sequer a poderosa voz da artista, que aqui parece estar mais reclusa que nunca. (0 a 5): 2
14: If It Hadn't Been For Love: Country?? Eu fiquei meio confuso quando ouvi If It Hadn't Been For Love pela primeira vez. Sim, country! E, infelizmente, apesar da música ser boa e ficar legal na voz de qualquer um, simplesmente não combina com Adele. Curti, mas preferi que ela não tivesse gravado um cover deste clássico. (0 a 5): 3
(0 a 5): 4,5 Sem faixas bônus
(0 a 5): 4 Com faixas bônus
Próximas resenhas:

C U Soon,
VDC

Um comentário:

Victor disse...

melhor album de 2011 com certezaaaa!!! Adele é umas das melhores cantoras dos ultimos tempos!!!! To da vez q ouço Set Fire To The Rain(ou qualquer outra do 21) eu me arrepio com seu potencial vocal, a letra da música q mostra um lado muito intimo dela e a emoção q ela consegue passar com a sua voz!!!! perfeição define o 21 e Adele!!!