E o Álbum da Semana é... "The Fame Monster", da Lady Gaga!

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Gostaria de dedicar esta resenha à minha amiga Mariana, "little monster" #1!
Bem, o álbum dessa semana, aliás, o EP dessa semana será “The Fame Monster” da Lady Gaga. Para quem não sabe, EP significa “extended play” e consiste em uma gravação que é longa demais para ser considerado “single” ou curto demais para ser classificado um álbum. Musicalmente, o EP tem como predominância o gênero “pop” com influências do “dancepop” e “synthpop” das décadas de setenta e oitenta, possuindo até elementos da música gótica. A “Mother Monster” relata que a gravação envolve o lado negro da fama expressado pela figura metafórica de um monstro, declara inclusive que seu álbum “The Fame” e esse EP formam uma espécie de “Ying e Yang”, ou seja, um equilíbrio entre o bem e mal. “The Fame Monster” desmembra um lado obscuro da fama por meio de temas como o álcool, amor e sexo, incluindo todos os sucessos da cantora que conquistou o mundo com seu jeito diferente, digamos, excêntrico de fazer música.

01. Bad Romance: Uma das maiores composições (se não é a melhor) que a cantora já escreveu,“Bad Romance” foi inspirada pelas experiências negativas no amor que a intérprete vivenciou em sua trajetória de vida. Com uma melodia única e um refrão cativante, a música consegue ser agressiva e melancólica ao mesmo tempo, mas ainda não pode ser considerada uma balada. A partir dessa canção, os vocais da cantora começaram a serem notados com mais apreciação, principalmente depois de sua declaração rouca “want your bad romance”. Simplesmente um dos trabalhos mais notáveis da música “pop” contemporânea, recebendo a nota máxima. 5/5!
02. Alejandro: A música mais polêmica da cantora até então, “Alejandro” teve sua letra inspirada no temor ao terminar um relacionamento. A canção tem seu início com uma separação em contraste com a melodia de violinos, além de ter uma presença de temas religiosos e latinos, sendo interpretada como uma blasfêmia. Seu refrão é construído com uma voz depressiva até chegar ao tom ideal para os ouvidos. 5/5!
03. Monster: Chegamos ao ponto mais eletrônico do EP, “Monster” também auxilia a intitular a gravação. A música foi inspirada no medo de entrar em relacionamentos e conta com uma letra apreciável. O uso da metáfora de um monstro é realizado para ilustrar seu parceiro no trecho “there was a monster in my bed”. A canção revela um tipo de conversa entre esse suposto monstro e a própria intérprete. 5/5!
04. Speechless: A música se trata de uma balada que conta com um suave som de piano e de guitarra, “Speechless” possui uma letra mais íntima e pessoal que envolve com a experiência da cantora e seu pai. Baladas sempre soam sinceras e nesse caso não foi diferente, a cantora conta como foi difícil convencer seu pai a realizar uma cirurgia no coração, se tornando um praticamente hino de valorização aos pais. 5/5!
05. Dance In The Dark: Com uma letra obscura e rancorosa, “Dance In The Dark” é a incógnita do EP. Seu início é dado com uma declaração de atitude “silicone, saline, poison, inject me”, a música fala sobre garotas que preferem viver no escuro, já que possuem vergonha de seu corpo. A canção possui uma melodia muito amistosa para os clubes de dança e se opõe aos padrões de beleza impostos pela sociedade. 5/5!
06. Telephone (feat. Beyoncé): Voltando ao som animado do início do EP, “Telephone” acelera de novo o ritmo com a ajuda de Beyoncé. A letra se trata da preferência pela pista de dança ao invés atender aos telefonemas de seu amante. Com um ritmo muito energético, a participação de Beyoncé deu um toque ainda mais especial, cantando os versos de forma ligeira e que se tornou essencial para a chegada triunfal do refrão. 5/5!
07. So Happy I Could Die: A música cuida da desaceleração da gravação, podemos notar uma notória melodia serena e os vocais mais relaxados da intérprete, “So Happy I Could Die” se trata de uma experiência nostálgica da cantora sobre a influência do álcool. O trecho “so happy i could die and it is all right” ilustra plenamente o estado de total  embriaguez da intérprete e cuida devidamente de todo o acabamento do EP. 5/5!
08. Teeth: A canção que finaliza o EP explora o lado sexual da gravação, entretanto, “Teeth” me decepcionou com sua melodia extravagante. Esperava um grande final para uma coletânea de faixas extraordinárias, mas a música é irrisória em meio a outras. 3/5.

“The Fame Monster” é um EP, contudo, é muito mais completo no aspecto lírico do que muitos álbuns de estúdio. Lady Gaga consegue se consolidar no concorrido mundo da música através dessa obra que recebeu inúmeras indicações no Óscar da Música, o “Grammy Awards”. Todas as canções receberam nota máxima, exceto “Teeth”, mesmo assim, a canção não consegue tirar o brilho do resto do trabalho da cantora que foi capaz de dar vida a uma verídica obra de arte da música, levando a nota total!