Álbum da Semana #31: Coldplay - Mylo Xyloto


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Gostaria de dedicar esta resenha à minha irmã, fã #1 do Coldplay!

Oi, gente! Nesta semana estamos trazendo o álbum Mylo Xyloto (a pronúncia fica a critério de cada um) da banda britânica Coldplay! O disco em si possui como gênero predominante o rock alternativo com traços de rock eletrônico. Sendo que o ritmo eletrônico nunca havia sido explorando pela banda em seus trabalhos anteriores. O próprio vocalista caracterizou o estilo do álbum como despojado. Também declarou que seu disco se trata de um álbum conceitual. Em outras palavras, segue um único enredo que envolve uma história de amor com um desfecho feliz. A arte conceitual do grafite marca presença no disco: a inspiração veio de vagões de metrôs grafitados em grandes cidades. O trabalho da banda apresenta canções a exemplo de Mylo XylotoM.M.I.X. A Hopeful Transmission, que possuem conteúdo restritamente instrumental, servido como interlude entre algumas canções. O disco também é dinâmico, algo perceptível na ligação das melodias de uma faixa para outra. Esse aspecto me surpreendeu, pelo fato das músicas se preencherem como se fossem algo único!
E então... Vamos à resenha?

01. Mylo Xyloto: Serve como introdução de Hurts Like Heaven.
02. Hurts Like Heaven: Depois da vinheta Mylo Xyloto, Hurts Like Heaven chega com um ar amistoso ao disco com sua melodia leve. A faixa conta com a predominância do som de guitarras, contudo, de forma nostálgica. A composição não é lá um de seus pontos altos, ou talvez o verdadeiro propósito dela não seja esse, mas não deixa de ter os seus encantos! 4/5
03. Paradise: Logo após de toda leveza de Hurts Like Heaven, Paradise começa com um aparente uso da melodia de órgãos em contraste ao de violinos, dando formato a um som quase irresistível. Além ter a contribuição de sintetizadores e pianos de maneira notável, a letra já pode ser apreciada de maneira mais clara, contando com um refrão insubstituível e que demora a sair da cabeça. A canção não chega a um ritmo acelerado, entretanto, a mesma ainda não alcança uma batida lenta. Mas de qualquer forma, cativa de forma única! 5/5
04. Charlie Brown: Depois da maravilhosa Paradise, Charlie Brown tem como principal papel acabar com toda a melancolia das músicas antecessoras. O seu início é dado por vozes sussurrando de forma quase cômica e por mais que ainda não seja totalmente instrumental, essa parte é a que chama mais a atenção. Os inacreditáveis solos de guitarra presentes na faixa se integram com a voz pouco preocupada em agradar do vocalista da banda. Podem soar relaxados, ou até mesmo resguardados. Um dos trabalhos instrumentais mais notáveis! 5/5
05. Us Against The World: Logo após o som intrigante de Charlie Brown, Us Against The World traz de volta um ritmo mais desacelerado e tranquilizante. A canção tem o apoio de acordes de violões, enquanto a voz monótona do vocalista desaba com uma letra mais profunda. Contudo, não passa de nada mais do que isso, chegando a ser bastante depressiva! 3/5
06. M.M.I.X.: Serve como introdução de Every Teardrop Is A Waterfall.
07. Every Teardrop Is A Waterfall: Logo depois da vinheta M.M.I.X, Every Teardrop Is A Waterfall anima um pouco mais as coisas com um ritmo bastante interessante. O épico solo de guitarra deixa a música ainda mais agradável, integrado ao leve som de elementos eletrônicos. As rimas em si, cantadas com bastante destreza no início, melhoram ainda mais faixa! A composição é também um atrativo e a sincronia ideal é alcançada devidamente! 5/5
08. Major Minus: Logo após da sagacidade de Every Teardrop Is A Waterfall, Major Minus permanece com o ritmo mais agitado da canção anterior. Começa com o som cortante de um violão desafinado, e possui a letra mais direta em todo o álbum. Consigo enxergar algo sombrio ou misterioso nessa canção, mas ainda assim ela não perde o bom gingado característico! 5/5
09. U.F.O.: Depois da dançante Major Minus, U.F.O. diminui um pouco o ritmo com sua pequena duração. A acústica da música é explorada por meio da simples estrutura do som de violões. O vocalista da banda identificou algo de muito estranho no céu, contudo, não identifiquei ainda o que ele quer dizer com essa composição. Enfim, mais uma incógnita! 3/5
10. Princess Of China (Feat. Rihanna): Após a misteriosa U.F.O., Princess Of China abre alas para o lado mais eletrônico de todo o disco. O pop marca uma grande presença nessa faixa, sem deixar o R&B de fora, ainda mais com a colaboração de Rihanna. A canção faz menção aos arrependimentos, e não possui nenhuma relação sequer com a sugestividade de seu título. A música se diferencia das outras no álbum, dando fôlego ao mesmo!  5/5
11. Up In Flames: Depois do diferencial de Princess Of China, Up In Flames começa com uma batida constante e devagar. O piano também é incorporado ao vocal do cantor com o uso de recursos como ecos e falsetes de maneira dinâmica. O ritmo lento é acompanhado por uma voz melancólica e monótona, entretanto, agrada com a sua composição sincera! 4/5
12. A Hopeful Transmission: Serve como introdução de Don't Let It Break Your Heart.
13. Don't Let It Break Your Heart: Seguida da vinheta A Hopeful Transmission, e também a última, Don't Let It Break Your Heart traz de volta um pouco do rock alternativo de seus trabalhos anteriores. A letra da música envolve tanto quanto a melodia dos dedilhados de guitarras ao fundo. O uso de sintetizadores para finalizar a faixa foi realmente inteligente! 4/5
14. Up With The Birds: Após o rock de Don't Let It Break Your Heart, Up With The Birds se inicia de forma introspectiva, tímida e triste. A canção aparenta amadurecer durante a segunda parte, deixando para trás todo o seu acanho, mas parece ser tarde demais salvar a música. Então a banda deixa o ambiente devidamente propício para término do seu disco! 4/5

Enfim, Mylo Xyloto é um álbum diferente de qualquer outro que já pude apreciar! O disco  consegue conciliar de maneira eficaz o seu antigo rock alternativo, que já realizavam com clamor em seus trabalhos anteriores, com o seu novo ritmo influenciado pelo eletrônico. O álbum é uma compilação de faixas de melodias admiráveis que completam as composições de cunho profundo, e, talvez, quase impossíveis de serem interpretadas em seu verdadeiro sentido, assim como o próprio título do disco, Mylo Xyloto. Esses esforços resultaram em múltiplas indicações ao Grammy Awards, e podemos afirmar com segurança que Mylo Xyloto é a certeza de a banda permanecerá no topo das paradas durante um bom tempo!

Enquanto isso, fiquem com o videoclipe de Princess of China!