Álbum da Semana #33: Florence + the Machine - Ceremonials


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Finalmente!!, vocês devem estar pensando... Rsrs
Bom, com a saída do Igor semana passada, realmente não deu pra planejar nada, então acabamos ficando duas semanas sem atualizações na coluna... Mas estou voltando com ela pra valer desta vez e, até achar alguém que manje de música como o Igor, estarei fazendo sozinho as suas tão amadas resenhas musicais...
E nada melhor para marcar um grande retorno que Ceremonials, segundo álbum de estúdio da banda inglesa Florence and the Machine (acho que todo mundo já ouviu Dog Days Are Over por aí, rs). A aposta nesse disco era realmente grande, principalmente com a explosão global do grupo indie e o sucesso massivo do primeiro álbum, Lungs. Florence Welch realmente conseguiu atender aos critérios de superação, e fez para seus fãs um disco tão eclético e artístico quanto o primeiro!
Bom, tem um tempo que não faço o Álbum da Semana, então estou um pouco enferrujado. Qualquer incoerência, me perdoem. Rsrs...
Sem mais delongas, vamos ao faixa-a-faixa?

01. Only If For A Night: Música abre-alas do álbum, Only If For A Night tem aquela letra melancólica e sombria capaz de tragar à superfície as mais conflituosas sensações do ouvinte, com vocais rítmicos e uma batida hipnótica. É uma ótima introdução para o álbum, e definitivamente uma das mais notórias produções da Florence! 4/5

02. Shake It Out: Shake It Out é a segunda faixa e também o segundo single, e... Bem, o que posso falar desta, além de despejar milhares e milhares de elogios? Rsrs... Vou ser mais conciso e apenas dizer que Shake It Out é... Mágica, sombria, avassaladora, hipnótica, todos esses adjetivos misturando-se e criando uma fórmula original e apaixonante! Tem um quê de melancolia e uma letra sombria, mas não é tão depressiva quanto Only If For A Night. 5/5

03. What the Water Gave Me: What the Water Gave Me deve ser a composição mais artística de Florence até o momento. Foi inspirada na escritora inglesa Virginia Woolf, e, apesar de num sentido figurativo, a canção é toda trabalhada em cima do elemento que ajuda a nomeá-la. Uma agradável, doce e bela melodia aos seus ouvidos. Quase se torna uma balada, mas não chega a tanto. Foi lançada como o primeiro single do álbum. 5/5

04. Never Let Me Go: Quarta faixa, quarto single e minha predileta, Never Let Me Go é... Never Let Me Go. Rsrs... Se você nunca ouviu essa faixa ou viu o MAGNÍFICO videoclipe, CORRA para conferir!! Aqui Florence novamente usa a água como algo mítico, arranjando uma série de sentidos figurativos para adequar este belo aspecto da natureza à seus mais profundos sentimentos. Never Let Me Go, resumida em uma palavra e com duplo sentido, é profunda5/5

05. Breaking Down: É uma daquelas composições lentinhas e melancólicas tão características do gênero indie e da própria Florence. Não me chamou a atenção inicialmente, e só foi fazê-lo com o lançamento do videoclipe, em formato vintage, que achei um charme só! Mesmo assim, não é uma das minhas preferidas, e ainda prefiro sua versão acústica. Será lançado em breve como o sexto single do álbum. 4/5

06. Lover to Lover: Todo álbum tem uma música enche-linguiça, e Lover to Lover é esta em Ceremonials. Talvez aquela no disco da qual menos gosto, a canção tem um ritmo um tanto difuso e linhas medianas, não sendo de muito aproveitamento e só servindo como mais um número na lista de faixas. É ainda boa, mas não passará disso... 3/5

07. No Light, No Light: Pode-se dizer que No Light, No Light tem a letra mais furiosa e inconsequente do disco. Trata daquele típico relacionamento destrutivo em que ambas as partes saíram machucadas, e, apesar de bem dark e depressiva em alguns pontos, não desacelera em nenhum ponto e acaba mostrando-se um dos highlights do álbum. Definitivamente uma das minhas preferidas, e foi sim uma escolha perfeita para terceiro single! 5/5

08. Seven Devils: O tom sombrio e melancólico de Only If For A Night e Breaking Down é transferido e amplificado para Seven Devils, oitava faixa do álbum e uma boa e calmante surpresa após a agressiva No Light, No Light. Confesso que às vezes a música me dá inquietos arrepios e me deixa desconfortável, mas essas incomuns sensações só servem para intensificar o resultado final! Também só fui prestar atenção nesta quanto tocou na season finale de Revenge. Rsrs... 4/5

09. Heartlines: Heartlines é a Rabbit Heart deste álbum, e tão boa quanto! O refrão fica tocando em sua cabeça o dia todo se você deixar (rs), e a letra ainda por cima contém uma beleza própria intercalada com os instrumentos incomuns de fundo! Simplesmente PER-FEI-TA. 5/5

10. Spectrum: Spectrum é a décima faixa e a volta por cima do álbum após melodias calminhas e melancólicas, começando com uma sonoridade típica de baladas e eclodindo num refrão viciante e poderoso! O remix da música por Calvin Harris, chamado Spectrum (Say My Name), que é ainda melhor, foi lançado como o quinto single do álbum, e conseguiu para a banda seu primeiro número um no Reino Unido, seu país natal. Afinal, é o hitmaker Calvin. ;) 4/5

11. All This And Heaven Too: Penúltima faixa do álbum e uma nova desaceleração, All This And Heaven Too é uma faixa indie pop rítmica e gostosa de ouvir, capaz de acalmá-lo até mesmo nos momentos de maior estresse. Costumava ser minha predileta antes de perder o posto para Never Let Me Go, mas ainda me causa uma boa impressão. 5/5

12. Leave My Body: O álbum fecha com a música ritualística Leave My Body, que se em um ponto consegue ser extremamente assustadora, em outro é também reflexiva e relaxante. É a perfeita canção zen pra você deitar e ouvir quando não tem nada pra fazer e quiser se sentir nas nuvens. 5/5

Desta vez não vou ser contra a opinião geral e vou dizer que Ceremonials é sim melhor que Lungs! Florence Welch e sua banda deram o melhor de si até então, fazendo o ouvinte cantar junto nas inebriantes Shake It Out, Spectrum e Leave My Body e sofrer de colapso emocional com as nostálgicas e belíssimas What the Water Gave Me e Never Let Me Go. Se você ainda não ouviu este álbum, ou até mesmo seu antecessor, corram e adquiram sua cópia, porque, gente, vale a pena! É de um tratamento intensivo de boa música desse tipo que nosso país precisa, não os tcha tcha tcha's da vida.
Destaques: Shake It Out, Never Let Me Go, Heartlines, All This And Heaven Too
Passo: Lover to Lover


Fiquem com meu videoclipe favorito da banda, o belíssimo Never Let Me Go