Babi Dewet - Sábado à Noite

Sábado à NoiteEditora: Generale
Nº de Páginas: 324
Ano: 2012
Avaliação: 
Skoob
Esta é a história de um amor jovem, verdadeiro e conflitante. Amanda é a garota mais bonita do colégio - e também a mais popular - e seu melhor amigo faz de tudo para arranjar encrenca e só anda com os maus elementos do pedaço: os marotos. Por causa de um trabalho de Artes, Amanda acaba descobrindo que ela não é quem sempre achou que fosse. Ser a menina mais desejada talvez não seja tão bom assim...
Tudo ao seu redor começa a desmoronar quando uma paixão mal-resolvida volta à tona e sua lealdade é posta à prova. Seria um garoto mais importante que uma amiga?
Como se não bastasse, o diretor da escola resolve promover bailes aos sábados e convida uma misteriosa banda mascarada para tocar. Os músicos, além de muito talentosos, conseguem mexer com todos, até mesmo com Amanda e suas melhores amigas.
Quanto mistério para um simples baile! Mas as letras das músicas cantadas pela misteriosa banda dizem muito sobre ela e seus amores...
Como poderiam os músicos saber de tudo aquilo? Afinal, quem eram os mascarados de sábado à noite? 

Assim como eu, todos vocês já devem ter ouvido falar desse livro em algum ponto, não é?
Todos devem conhecer Babi Dewet e seu blog, sua árdua batalha para ser publicada e, no fim, o grande sucesso que está sendo seu livro de estreia, Sàbado à Noite, Brasil afora... Com a atraente premissa de um livro adolescente diferente dos outros, a obra promete um encontro com personagens com os quais você se identificará. Situações que você provavelmente já viveu, e adorará relembrar através das páginas de um livro.
Vejamos alguns exemplos? Quem nunca fez experimentos culinários com miojo? Quem nunca sentou numa roda de amigos e apenas divertiu-se conversando, tocando música no violão até tarde ou foi à casa do outro para jogar Playstation? Eu ao menos já fiz todas essas coisas!! Rsrs... Você certamente já se meteu em infortunadas confusões entre amigos e no amor, brigou, fez as pazes, sorriu novamente, sentiu-se deprimido por baixas notas em alguma matéria na escola, e então feliz, assim, instantaneamente, e teve aquela queda por alguém especial... SAN é sobre tudo isso.
É um livro sobre você. Sobre seu mundo.
E este é justamente seu grande trunfo. O leitor identifica-se com a leitura. Tudo o que você leu em outras resenhas é verdade: os adolescentes na história são realmente "mais reais". Os diálogos não são tão polidos como em outras obras do gênero. É como se você estivesse acompanhando diálogos entre amigos reais, quase tão consistentes e carismáticos quanto os seus próprios. E acaba que você realmente se encontra num desses personagens. No meu caso, o Caio. Rsrs...
Mas SAN não têm apenas um lado bom. Como todo livro adolescente que se preste, há o outro lado da balança para levar em conta...
Até aí tudo bem. A clássica história da garota popular que se apaixona por alguém "inferior" na classificação social do colegial, e se encontra num interminável dilema devido a isso, com o diferencial da aproximação com a cultura adolescente nacional...
O único problema é... O "vai-não-vai" que perdura por todas as 324 páginas!!
Vejam bem... Amanda ama Daniel. Daniel ama Amanda. Amanda não pode ficar com Daniel porque é popular, e ele não. Daniel se sente magoado por isso, mas fica calado e consente. Amanda fica apenas enrolando, enrolando e enrolando, indecisa e egoísta, e quando Daniel finalmente decide confrontá-la e perguntá-la porque não podem ficar juntos em público, ela se sente a injustiçada da história e faz tempestade em copo d'água quando não há necessidade disso!!
Entendem onde quero chegar? Esses fatores acabam incomodando um pouco a leitura! Ficou a impressão de um amor quebrado, de laços fracos. E isso conta muito num livro cuja proposta é passar a ideia de que adolescentes podem realmente amar intensamente. Os pontos negativos acabaram roubando um pouco do brilho da experiência e deixando um clima incômodo perdurando por toda a leitura!
A narrativa é em terceira pessoa e divide-se entre dois grupos de amigos. As populares, lideradas por Amanda, e os marotos, no qual Daniel está inserido. Foi certamente uma boa jogada, mostrar o lado feminino e o masculino da história, mas eu não me importaria se a Babi tivesse dedicado menos páginas à Amanda...
Se, no fim, eu gostei do livro? Sim, moderadamente. Se é o tipo de livro que você tem de ler, tipo, imediatamente, porque caiu na boca do povo e está se mostrando um sucesso entre os adolescentes do Brasil? Hum... Varia muito de um para outro. Você teria de gostar muito de livros de amorzinho e ter o raro dom de ignorar protagonistas apáticos. Apenas pela Amanda, desta vez são três estrelinhas...