Autores: Federico Devito e Gutti Mendonça
Editora: Novo Conceito
Nº de páginas: 368
Avaliação: ♥♥♥♥♥
Os meninos são, sim, capazes de amar. "Tem um ditado que diz que o amor é cego. É justamente o contrário. Quando você ama de verdade, é capaz de ver coisas que ninguém consegue. Falam que você não consegue enxergar os defeitos, pura mentira também! Você vê, estão todos lá. Mas vê também algo que só você pode, como lidar com eles e contorná-los. Então, o amor não é cego, ele é a maior lente de aumento de já inventaram." Como acontece esta coisa chamada amor? Nasce junto com a gente, mas não depende só de nós. A gente sofre e faz sofrer, ama e é amado. E com isso aprende muita coisa. Lições que trazem consequências, problemas e soluções. O preço desse aprendizado transforma o garoto em um homem. Esta narrativa, cheia de incidentes, mostra que - ao contrário do que dizem algumas garotas - os meninos são, sim, capazes de amar. Quais as transformações que o amor pode provocar na gente? O que ele ensina? Qual o seu preço? Acompanhe a jornada de um jovem, transformado pelo amor, à procura dessas respostas. Sinopse do Skoob
Oi, gente!
É um prazer sentir novamente o gostinho de sentar em frente ao computador e deixar as palavras fluírem. É bom estar de volta (rs)...
Sendo O Preço de uma Lição o livro de hoje, não posso
deixar de explicar os motivos de tal escolha. Sei que já resenhei anteriormente
sobre um livro adolescente brasileiro (Fazendo Meu Filme 4) e não seria mais que
esperado a escolha de uma obra mais... diferente. Mas, ainda sim, aqui estou eu
escrevendo sobre um livro adolescente brasileiro. Os motivos? Bom, vamos dizer
que eu – mais que quero – necessito dar meu parecer crítico sobre esse livro.
Espero que entendam minhas razões durante a resenha (rs)...
Estava eu inocentemente navegando no site da Saraiva durante
uma bela e ensolarada manhã (ok, não sei como estava a manhã, mas um drama na
minha historinha não vai fazer mal, rs). Como por destino, meus olhos viram
de relance uma capa que não sei por que, chamou minha atenção. Lá fui eu clicar
no link. E foi amor à primeira vista.
Na sinopse lia-se algo como: “Os meninos são, sim, capazes
de amar”. Encantei-me. Continuei minha leitura e me apaixonei pelo resumo da
história: O garoto (que aqui será denominado assim, uma vez que não é nomeado)
era o cara intocável. Lindo, inteligente e charmoso, tinha todas as meninas a
seus pés. Namorava uma ou outra e logo ia embora. Não que fosse mal. Só não se
apaixonava. Bom... até conhecer Juliana, que muda sua vida ao apresentar-lhe ao
amor e ao proporcionar-lhe um intenso relacionamento.
Suspirei mais uma vez e resolvi comprar a obra. Era tudo que
queria no momento: um romance escrito por garotos brasileiros. Deveria ser
perfeito... mas não foi bem assim.
Quando a encomenda chegou, tratei de terminar o livro em
andamento rápido para começar O Preço de uma Lição. Comecei. Minha animação
transformou-se em cansaço. As palavras não corriam perante meus olhos. Elas
andavam lentamente, quase parando. Conformei-me. Os começos nunca eram bons,
mas era só esperar engrenar para curtir uma história daquelas! Bom, esperei.
Esperei. E esperei mais um pouco. Nada. A leitura continuava cansativa e arrastava.
Lemos uma rotina como outra qualquer. Nada de mais. Cheguei até a tomar uma
certa antipatia com o personagem que, mesmo com seus 20 anos, mostrava-se
imaturo a cada pensamento, “pieguice” e ação. E quando pensamos que estamos
quase chegando lá, o carro morre novamente.
Foram 363 páginas de bocejos, tédio e decepção. Dizer que
esperava mais é eufemismo. Não queria uma história perfeita, mas pelo menos
legível. A capa incrível, as lindas frases de impacto e a sinopse tocante
pareceram inversamente proporcionais à qualidade da obra. E nem vou comentar do
final extremamente decepcionante e... ridículo, para não usar outras palavras.
O Federico Devito e o Gutti Mendonça tentaram passar lições da
vida (acho que isso explica o título, que também achei sem nexo), mas a única
lição que adquiri foi: não julgue um livro pela capa. Definitivamente! Os
meninos até tentaram agradar, mas, como escritores, precisam crescer um bocado.
Quem sabe um dia cheguem lá...