Jenna Black - Glimmerglass: O Encontro de Dois Mundos (Faeriewalker #1)

Nº de Páginas: 296
Ano: 2011
Avaliação: 
Skoob
Dana Hathaway ainda não sabe, mas vai acabar se metendo em apuros quando decide é a hora de fugir de casa para encontrar seu misterioso pai na cidade de Avalon: o único lugar na Terra onde o mundo real e o mágico se cruzam. No entanto, assim que Dana põe os pés em Avalon, tudo começa a dar errado, pois ela não é uma adolescente - ela é uma Faeriewalker, um indívuo raro que pode viajar entre os dois mundos e a única pessoa que pode levar magia ao mundo humano e tecnologia à cidade de Faerie. Não demora e Dana envolve-se no jogo implacável da política do mundo da magia. Alguém está tentando matá-la, e todos parecem querer alguma coisa dela, desde seus novos amigos e da família até Ethan, o lindo garoto com poderes fantásticos com quem Dana acha que nunca terá uma chance... Até ter uma. Presa entre esses dois mundos, Dana não sabe bem onde se encaixa ou em quem pode confiar, muito menos se sua vida um dia voltará a ser normal.


Todos vocês provavelmente já ouviram falar de Glimmerglass ou se depararam com sua magnífica capa nas livrarias, correto? Assumindo que sim, direi que eu fazia parte daqueles que, logo que botaram os olhos nos brilhos da capa e leram a sinopse no Skoob, quis desesperadamente ter o livro em mãos!! Optei por esperar o preço baixar um pouquinho (rs), porque eu não estou exatamente podendo gastar aquilo tudo com livros e eu já tinha uma estante um tanto atolada para ser compensada.
Algum tempo depois, Glimmerglass finalmente chegou para mim. Não hesitei e, dominado pela estética do livro, sentei e comecei a virar furiosamente as páginas. Mantive este ritmo por um tempo. Por um tempo.
Glimmerglass conta a história de Dana Hathaway, adolescente que não teve exatamente a melhor infância. Sua mãe é alcoólatra, ela era sempre obrigada a se mudar uma vez por ano, como se estivessem fugindo de alguma coisa, e, quanto ao pai, nunca o conheceu... Quando finalmente decide fazer algo a respeito do vício da mãe, Dana sai de casa para ensiná-la uma lição, voando para a Inglaterra com destino a Avalon, um mini país-cidade (como o Vaticano) próximo de Londres, onde o pai vive.
Mas há um porém: Avalon não é exatamente a típica cidade adepta do século XXI. Além de ter um ar clássico próprio, é o único lugar na Terra onde o mundo moderno e o mágico se conectam, onde humanos e fadas podem todos conviver em harmonia. Dana já sabia que seu pai era um figurão em Avalon, e de sua descendência incomum, mas não esperava que no segundo que pisasse em seu novo lar descobriria que é uma Faeriewalker: isso significa que ela é a única capaz de transitar livremente entre a Terra e Faerie, e levar magia ao mundo mortal e tecnologia ao imortal. Também quer dizer que Dana agora tem um séquito de inimigos dispostos a acabarem com sua vida devido a seus inimagináveis poderes e o que eles podem significar para ambas as espécies.
Eu pensei que Glimmerglass fosse se mostrar exatamente o meu tipo de livro, com um enredo fictício adolescente, romance e uma boa dose de ação e aventura, e inclusive se tornar um favorito. Bem, digamos que mantive tal esperança até a página 100...
O início do livro pode ser realmente excitante, mas pára por aí. A partir de um ponto qualquer da narrativa, a história despenca e só continua caindo num espiral de monotonia e desnecessários detalhes sobre política, o que torna a missão de Jenna Black de devolver a magia à Avalon e seus personagens praticamente impossível. Eu já achava a Dana um tanto entediante e desnecessariamente irresponsável no começo, mas essa impressão acabou transformando-se num sentimento de apatia (pela personagem e pela história), que eu tive de praticamente forçar-me a continuar simplesmente por uma questão de orgulho literário, e principalmente porque já tinha abandonado uma boa quantidade de livros esse ano...
Se Glimmerglass tivesse mantido a ação e ritmo das páginas iniciais, e não decaísse para apenas mostrar uma Dana emburrada e desgostosa presa na casa do pai o resto do livro inteirinho, com exceção de algumas curtas cenas nos conflitos finais, eu até gostaria. Este é um daqueles clássicos casos onde o autor tem uma boa ideia, mas não sabe aproveitá-la da maneira devida.
Bom, eu já comprei também Shadowspell, que é a sequência... E digamos que essas capas fabulosas da série também tem o misterioso poder de dobrar o leitor. Não estou pressentindo realmente nada de amistoso na decepção que a série Faeriewalker se mostrou, mas se todos que também não curtiram o primeiro volume dizem que o segundo e o terceiro são melhores, porque não dar-lhes também uma chance?