Álbum da Semana #39 - P!nk: The Truth About Love


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Olá leitores do Livros e Rabiscos! A partir de agora passarei a acompanhar o Vinícius na coluna do Álbum da Semana, de 15 em 15 dias, e hoje tenho a honra de trazer a minha primeira resenha. Antes de mais nada, gostaria de me apresentar: meu nome é Victor, tenho 17 anos e sou um grande fã da música internacional. Gostaria muito de agradecer ao Vinícius pela oportunidade, gosto muito de escrever sobre o que eu ouço, e dessa vez acabei optando pelo meu vício do momento, um dos lançamentos mais aguardados do ano: o The Truth About Love, da P!nk. Para falar a verdade, o ano de 2012 ainda não havia trago nenhum lançamento que realmente me surpreendesse. Acredito que os melhores lançamentos acabaram ficando reservados para esse segundo semestre, e esse álbum é uma grande prova disso. Fiquei bem receoso desde o primeiro single, Blow Me (One Last Kiss), que nunca me conquistou, e então foi anunciado o nome do álbum, que eu achei mais ou menos (e ainda acho), a capa também me pareceu bem mais ou menos (e ainda parece), e no fim das contas acabei achando que esse seria mais um álbum decepcionante. Que engano! Com certeza o The Truth About Love é o melhor lançamento de 2012 até o momento, e o mesmo chega às lojas na próxima terça-feira, concorrendo com nomes como Carly Rae Jepsen e Nelly Furtado, mas eu acredito que deva levar a melhor. Antes de maiores conclusões, vamos analisar faixa a faixa do álbum, que traz 13 faixas na versão comum e 17 na versão Deluxe:

01. We Are All We Are: Com certeza não havia faixa melhor do que essa para iniciar o álbum! We Are All We Are está longe de ser uma das minhas favoritas, mas é uma boa introdução. Traz uma pegada bem diferente de todo o resto do disco, sendo mais agressiva tanto vocalmente quanto liricamente. Acho que não se encaixaria bem em meio às outras. 3/5

02. Blow Me (One Last Kiss): Grande banho de água fria, esse é um dos piores singles da P!nk. A letra é chata, o refrão é chato, o videoclipe é chato. Apesar de tudo, gosto da parte: "...just when it can't get worse, I had a s**t day, you had a s**t day, we had a s**t day!". Apesar de não ser um carro-chefe tão bem-sucedido quanto So What ou Raise Your Glass, não se pode negar que a música é um grande hit. 2/5

3. Try: Podemos dizer que a partir daqui o álbum começa a esquentar. Try é uma das duas músicas do álbum que não foram escritas pela cantora, mas é impossível não sentir certa emoção ao ouví-la. Essa faixa já foi confirmada como o segundo single do álbum e segundo a própria cantora tem o melhor videoclipe da sua carreira! Coloco essa música facilmente como um dos singles do ano. 5/5

4. Just Give Me A Reason (feat. Nate Ruess): Uma das mais aguardadas do álbum pricipalmente por ser um dueto com o vocalista da banda fun., Just Give Me A Reason não é uma composição genial, mas conquista principalmente pelos vocais impecáveis dos dois intérpretes. Não sou muito fã do Nate, mas não consigo imaginar outro vocalista para essa faixa! 5/5

5. True Love (feat. Lily Rose Cooper): Antes de mais nada, que fique bem claro que Lily Rose Cooper é o novo nome artístico da Lily Allen. Fiquei empolgadíssimo quando fiquei sabendo desse dueto, e a música é tudo o que eu esperava. É uma das mais pop do álbum e tenho certeza que mais cedo ou mais tarde vai acabar se tornando um single. A única coisa que me decepcionou foi o fato de que a parte da Lily é minúscula. Se houvesse um duelo vocal entre as duas por toda a música seria ainda melhor. 5/5

6. How Come You're Not Here: Essa música se difere um pouco das anteriores principalmente por ter mais influências do pop rock. Liricamente podemos definí-la como uma "Please Don't Leave Me 2012", porém essa é mais divertida. Até imagino que possa se tornar um single. Eu aprovaria a escolha, já é uma das minhas favoritas. 4/5

7. Slut Like You: Quando li a tracklist do álbum fiquei muito receoso com essa faixa. Fiquei com medo de que fosse algo muito apelativo, e ao ouví-la fiquei bem tranquilo. É claro que a faixa é apelativa, mas num bom sentido e sem perder o estilo da cantora, e no fim das contas acaba trazendo o humor inteligente típico das músicas dela e também é bem feminista, o que já é característica do histórico da P!nk. Ao que tudo indica esse será o terceiro single do álbum.  4/5

8. The Truth About Love: A faixa-título do álbum ainda não havia chamado a minha atenção. Quando terminava de ouví-la nem sequer lembrava do seu refrão, mas com o passar do tempo foi se tornando mais interessante. Com o tempo deve se tornar uma das minhas favoritas. 3/5

9. Beam Me Up: O que seria dos álbuns da P!nk se não houvessem as faixas mais desaceleradas e emocionantes? É claro que ela sempre coloca o máximo de emoção em suas músicas, mas essa é especial. Beam Me Up fala sobre o aborto que a cantora sofreu há algum tempo, com breves referências sobre tal fato. Belíssima! 4/5

10. Walk Of Shame: É uma faixa bem curta, e não adiciona muita coisa ao álbum, mas ainda é melhor do que algumas outras do álbum. Não compreendi muito bem a letra, mas gostei da parte repetitiva do "walk this way!" 3/5

11. Here Comes The Weekend (feat. Eminem): Uma coisa é certa: tenho total preconceito com o Eminem. Desde que soube dessa colaboração concluí que essa deveria ser a faixa que eu menos gostaria no álbum, mas não, é uma das melhores! A voz da P!nk está sensacional, e ao decorrer da canção ela dá vários gritos que me lembram um pouco a Xtina. Tenho certeza que essa se tornará um ótimo single! A letra não traz nada demais, como o próprio nome já sugere: fala sobre aprontar uma grande baderna durante o fim de semana. 5/5

12. Where Did The Beat Go?: Também fiquei receoso quando vi o nome dessa faixa. Pensei em um encerramento chulo como This Is How It Goes Down, do Funhouse. OK, a música não é tão ruim, mas também não é lá grande coisa. Entre as 13 foi a que passou mais despercebida. 2/5

13. The Great Escape: Falar sobre últimas faixas é sempre arriscado. Alguns álbuns terminam com músicas totalmente descartáveis, e outros terminam de forma brilhante. The Great Escape poderia ser a Glitter In The Air do The Truth About Love. O que isso quer dizer? A música é sensacional para encerrar o disco! É sempre interessante encerrar o álbum com esse tipo de música mais lenta e reflexiva, mas é importante fazer da forma correta. 4/5

14. My Signature Move (Faixa Bônus): Fiquei surpreso quando ouvi essa faixa. Esperava faixas bônus medianas, mas essa é sensacional! O refrão é explosivo e a música é bem melhor do que muitas outras da versão comum, sendo consequentemente uma das melhores do álbum. 5/5

15. Is This Thing On? (Faixa Bônus): Outra faixa bônus incrível, Is This Thing On? é ainda melhor que a anterior. Pelo nome eu esperava por algo mais agitado e com uma sonoridade que lembrasse o Try This, álbum da P!nk de 2003, e acabei me surpreendendo de forma positiva. Eu a colocaria na versão standard substituindo Where Did The Beat Go?. 5/5

16. Run (Faixa Bônus): Essa é uma faixa bem romântica e concordo com a sua posição de faixa bônus. Isso não quer dizer que a música é ruim, e sim que não se encaixa na versão comum. A letra é excelente e bem diferente das outras. 3/5

17. Good Old Days (Faixa Bônus): Com certeza essa é a faixa bônus que eu menos gostei, mas ainda assim posso considerá-la como boa. A letra é bem nostálgica e com certeza todos nós podemos nos identificar com ela. Afinal, quem nunca sentiu vontade de voltar no tempo? 3/5

18. The King Is Dead But The Queen Is Alive (Faixa Bônus do Japão): B-side de Blow Me (One Last Kiss), podemos dizer que essa música é bem melhor que o próprio single! Aqui o que predomina é o rock, e a letra também é bem feminista e fala sobre um certo homem que tenta fazer com que uma mulher mude por ele. A melhor parte sem dúvida é a do grito que encerra a canção: "The king, the king, the king, the king is dead / BUT THE QUEEN IS ALIVE!". 5/5

18. Chaos & Piss (Faixa Bônus do iTunes): A versão do iTunes traz Chaos & Piss, uma faixa que eu imaginava que investiria em um gênero mais hardrock, mas se mostra uma música mais lenta e emocional. Até agora não acho que essa se destaque em meio às outras, mas com o tempo também devo passar a gostar mais. 3/5

19. Timebomb (Faixa Bônus do iTunes): É a faixa que encerra a versão Deluxe do iTunes, e ainda estou muito confuso com essa em específico. Não sei se gostei muito ou se é apenas uma faixa para encher o álbum. Os fãs no geral aprovaram. 3/5

Enfim, The Truth About Love é a prova de que P!nk é especialista em se reinventar a cada álbum que lança, mas sem perder a sua essência e originalidade. Lá em 2000, quando lançou o seu primeiro álbum, Can't Take Me Home, a mesma se tornou uma grande promessa da música, e em 2001 se tornou um ícone adolescente com o M!ssundaztood, até ser rotulada como uma artista de um único álbum em Try This e dar a volta por cima com o I'm Not Dead, se tornar a divorciada em Funhouse e a garota motivadora em Greatest Hits... So Far!!!, mas sempre trazendo a sua sonoridade característica de forma diferente. O que podemos esperar da era The Truth About Love? Agora temos uma P!nk mãe e casada e que, como a própria define-se, é uma mulher feliz e realizada, mas que ainda tira um tempo para ser revoltada e não perder a sua originalidade como compositora. Talvez essa era não seja tão cheia de hits, mas quando se trata dela isso não é o mais importante. Prova disso é que 12 anos após o seu primeiro álbum P!nk continua vendendo mais do que cantoras que já fizeram mais sucesso do que ela, afinal, a sua carreira não se baseia em hits #1, e sim em sua personalidade única. P!nk é simplesmente P!nk, e isso nos faz amá-la e respeitá-la como uma artista incomparável e que sempre terá algo especial a nos dizer. Espero que vocês curtam o álbum e descubram a verdade sobre o amor durante essa era que, pelo visto, ainda vai dar muito o que falar! 

             


 *** Para quem ainda não ouviu o álbum e está em dúvida, sugiro uma visita ao canal da cantora no VEVO, onde várias faixas do álbum ganharam um lyric video. É uma boa prévia para quem ainda não está por dentro dessa nova era.