Álbum da Semana #40 - Kiss, de Carly Rae Jepsen


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Carly Rae Jepsen é um nome com o qual, neste ponto, todos já estão familiarizados.
Se você não está, arrume suas tralhas e mude-se para a Sibéria de uma vez, porque aí já é demais!! Rsrs
Call Me Maybe e etc.? Pois é. Este é o disco de estreia da Carly nos Estados Unidos, excluindo o Tug of War de 2009 e o EP Curiosity (leia a resenha aqui), e primeiro desde que a dita cuja virou sensação adolescente internacional com o hit que todos já ouviram, ficaram de cansados de ouvir e tornaram a ouvir de novo. Dona do maior sucesso do verão estadunidense, Carly quer manter a compostura e provar que não é cantora de uma música só. Kiss é o incumbido da difícil tarefa: uma confusa profusão de batidas eletrônicas, faixas pop pegajosas e composições feitas especialmente para durarem um verão. Resumidamente, um álbum comercial. Sinceramente, eu esperava mais dela! Adorei os outros dois trabalhos da Carly, e acho que ela perdeu um pouco do seu charme com este novo disco! Dance music apenas não combina muito com ela... Bom, antes que isto vire uma confissão de fã inconformado, rsrs, vamos ao habitual faixa-a-faixa?

01. Tiny Little Bows: Tiny Little Bows é o prelúdio que o disco usa para começar. Tem aquela letra fácil e batida gostosa, mas não gruda na cabeça por muito tempo nem é lá tão memorável. Não está entre os grandes destaques... 3/5

02. This Kiss: This Kiss é a faixa que ajuda a intitular o disco e seu primeiro single oficial. Aqui Carly tenta produzir um refrão ainda mais grudento que Call Me Maybe, mas acaba se estrepando na mediana mixagem de pop anos 80 com dance music. Eu esperava outra coisa quando soube que a canção era produzida pela dupla "party rock" do LMFAO. Não algo do que enjoaria após apenas três rodadas. 3/5

03. Call Me Maybe: Preciso mesmo falar desta? Rsrs... Previamente incluída no EP Curiosity, lançado mais cedo este ano, Call Me Maybe é aquilo tudo que vocês já sabem: um delicioso hino pop com letra fofinha e despreocupada. Me apaixonei de primeira pela faixa, e hoje posso nem escutar tanto, mas não nego que Call Me Maybe foi o marco do ano no cenário musical! 5/5

04. Curiosity: Curiosity servira como faixa-título para o EP lançado no início do ano, e aqui ocupa a quarta posição. Remixada para se adequar ao clima dance do resto do álbum, a canção acabou perdendo um pouco do seu brilho original. Eu achava Curiosity doce... E agora acho maçante. É só comparar a antiga versão com esta "melhorada". 3/5

05. Good Time (with Owl City): Good Time é a garantia de que Call Me Maybe não será o único sucesso da canadense. Parceria entre a mesma e o Owl City, o single já é um hit ao redor do mundo, tendo conquistado fãs pelos clássicos "Oh-oh-oh's" no refrão e feito críticos aplaudirem de pé a energia contida nas letras e na melodia inusitada. Para mim, Good Time é simplesmente uma diversão passageira, mas não deixa de ser uma das boas surpresas em Kiss! 4/5

06. More Than a Memory: More Than a Memory é talvez a composição que mais lembra a fase Curiosity da Carly. Ainda há traços reconhecíveis de música eletrônica permeando a letra, mas a personalidade remanescente da cantora também está presente, salvando a pátria num disco em que 80% das faixas são remixes enlouquecidos. 4/5

07. Turn Me Up: Turn Me Up tem aquela melodia calma e previsível, mas não foge ao Auto-Tune e aos sintetizadores eletrônicos das músicas anteriores. Passa quase despercebida, e para mim não faria muita diferença se nem tivesse sido includa no álbum. 3/5

08. Hurt So Good: Hurt So Good é a primeira canção desta nova fase da Carly que não me decepciona por completo. Em um álbum com quase vinte faixas na edição Deluxe, algumas precisam se salvar, né? Rsrs... Eu gostei desta logo pelo refrão; abre ganchos interessantes para o andamento da música. Pode até ser considerado o novo Call Me Maybe. 4/5

09. Beautiful (feat. Justin Bieber): A aguardada parceria com o Justin Bieber foi justamente a faixa da qual menos gostei! Eu já esperava uma balada calminha, mas não essa lentidão quase parando e extremamente sonolenta! Rsrs... A letra é bem clichê também, e não acrescentou nada demais à minha playlist. Se não me engano, devo ter até mesmo excluído do iPod. 1/5

10. Tonight I'm Getting Over You: Esta é outra eletrônica que se salva. Os arranjos remetem a outros sucessos do gênero, como Starships, da rapper Nicki Minaj, e Where Have You Been, de Rihanna. A letra pode ser uma mera desculpa para a produção um tanto comercial e abusadora de Auto-Tune, mas Tonight I'm Getting Over You continua sendo ótima e uma das minhas preferidas! 4/5

11. Guitar String/ Wedding Ring: Guitar String/ Wedding Ring é uma faixa que podemos chamar de, no mínimo, incomum. Rsrs... A começar pela letra! "If you cut a piece of guitar string, I will wear it like it's a wedding ring!" Quem conseguir dar um sentido a isso, me avisa, porque achei um tanto desconexo e forçado demais! Mesmo assim, decidi por ignorar esses pormenores e curtir a batida, que por sinal é incrível! 4/5

12. Your Heart Is a Muscle: A música que finaliza o álbum na edição Standard é Your Heart Is a Muscle, a balada fofinha e bem Carly que me conquistou de primeira e se tornou logo minha predileta! Estava na hora de dar um break na eletrônica, né? E a pausa não poderia ser melhor! Your Heart Is A Muscle é magnífica! A voz dela está super valorizada aqui, e já torço para que seja lançada como single! É perfeita para as rádios e ganhará certo destaque nas tabelas musicais! "You say love is a fragile thing... Made of glass, but I think... Your heart is a muscle, your heart is a muscle..." 5/5

13. Drive (Faixa bônus): Mais uma faixa comercial e nada especial. O que vale daqui pra frente é fechar os olhos e tentar ignorar as letras absurdas. Drive deve ser a pior das faixas bônus, mas não me arrisco a avançar mais... Ainda não a ouvi toda. 2/5

14. Wrong Feels So Right (Faixa bônus): Lá vamos nós de novo! Wrong Feels So Right não é muito diferente de tantas outras: música eletrônica, Auto-Tune, som intermitente e invasor. Isso já está ficando repetitivo, né? Rsrs... 3/5

15. Sweetie (Faixa bônus): Sweetie é uma das duas músicas que se salvam nas faixas bônus. O título já nos diz o que esperar: coisas fofas, Carly sentimental, arco-íris, flores e ursinhos de pelúcia chamados Teddy! Não liguem... Prefiro este lado da cantora que o outro! 4/5

16. I Know You Have a Girlfriend (Faixa bônus internacional): I Know You Have a Girlfriend serve como faixa bônus internacional, e parece mais algo descartado do repertório dos filmes High School Music. Não estou dizendo que é ruim. Até tem um certo charme... Mas é fácil ver porque entrou no disco nesta inconfortável posição. 3/5

17. Almost Said It (Faixa bônus do iTunes): Eu quase não acreditei quando notei que a faixa bônus do iTunes era na verdade uma balada!! Sim!! Nada de dance, nada de Auto-Tune, nada daquela tranqueira toda! Apenas Carly, um violão e sua voz doce numa bela melodia que cai em perfeita harmonia com uma letra fofinha típica dela! Devia ter entrado na edição padrão do disco... 4/5

Vocês podem ver que Kiss não é um disco que me agradou muito, né? Eu classifiquei como três estrelinhas quase à força! Mas eu tinha de levar em conta Your Heart Is a Muscle, Tonight I'm Getting Over You e Almost Said It, as três que realmente valem alguma coisa. Sinto muito, mas minha fé de fã foi abalada! Sinceramente, espero que a Carly volte com algo melhor e menos apressado ano que vem! Algo mais ela! Afinal, Kiss foi produzido em apenas seis meses.
Já não cheirava bem inicialmente. E não cheira bem agora, que finalmente saiu. 80% do álbum é descartável. Mas, ei, é apenas minha opinião! Talvez você curta o Auto-Tune descarado e a batida eletrônica frenética e quase dolorosa aos ouvidos! Hehe
Bom, até ano que vem, Carly! Desejo com todo o meu coração que você se reencontre e não se deixe levar pelo lado comercial da coisa!
BEIJO!

Fiquem com a colaboração da Carly com o Owl City na faixa Good Time