Título original: The Sky is Everywhere
Editora: Novo Conceito
Páginas: 424
Ano de Lançamento: 2011
Avaliação:
Skoob
Sem rodeios, o título já revela tudo: trata-se de uma história de morte.
Editora: Novo Conceito
Páginas: 424
Ano de Lançamento: 2011
Avaliação:
Skoob
Lennie Walker, de dezessete anos de idade, gasta seu tempo de forma segura e feliz às sombras de sua irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre abruptamente, Lennie é catapultada para o centro do palco de sua própria vida - e, apesar de sua inexistente história com os meninos, inesperadamente se encontra lutando para equilibrar dois. Toby era o namorado de Bailey, cujos sentimentos de tristeza Lennie também sente. Joe é o garoto novo da cidade, com um sorriso quase mágico. Um garoto a tira da tristeza, o outro se consola com ela. Mas os dois não podem colidir sem que o mundo de Lennie exploda...
Sem rodeios, o título já revela tudo: trata-se de uma história de morte.
Lennie perde sua irmã/melhor amiga/companheira de todos os
momentos em um acidente fatal. E junto com a da irmã, vai-se também sua própria
vida. Sente-se sem chão e rumo: sem vida social, sem vontade de levantar-se da
cama, sem coragem de parar de chorar, sem forças para continuar. Sua vida
torna-se uma peça em preto-e-branco, onde uma fúnebre neblina embaça todas as
cenas. Ironicamente, porém, ao meio de
tamanha tristeza, o destino apresenta-lhe um amor, uma tão desejada luz para a
dispersão da constante névoa em seus dias.
E, bom, é só. Umas típicas brigas de casal à parte, a
história baseia-se basicamente nisso. Sem ação, sem brilho e sem aceleração dos
batimentos cardíacos. Apenas uma adolescente questionando sua vida vazia,
torturando-se internamente, inundando-se
de lágrimas e fugindo da alegria.
Tudo bem, parece (e
talvez seja) insensibilidade da minha parte considerar “chato” o sofrimento de
uma garota que acabou de perder sua irmã. Mas é verdade que as longas
descrições de dor – que perpetuam durante todo o livro, só para constar –
tornam a obra pesada, demasiadamente fúnebre e de leitura difícil e
arrastada.
Mesmo admirando a coragem da autora em trazer um tema tão
“choque-de-realidade”, tenho que admitir que não consegui deslanchar na
leitura. E juro que tentei. Tentei sensibilizar-me com o sofrimento, tentei
identificar-me com a personagem e compreendê-la, tentei infiltrar-me na história.
E, mesmo conseguindo fazer isso em algumas passagens, nada de deslanchar na
leitura. Uma pena!
Talvez soe meio hipócrita em julgar “O céu está em todo
lugar” de forma negativa enquanto reverencio os livros de Nicholas Sparks.
Afinal, os dois são do mesmo ninho, já que falam de acontecimentos traumáticos
da existência humana, não é mesmo? Na realidade, não. Mesmo tendo bases parecidas, esse livro e os
de Nicholas Sparks têm diferenças gritantes. Enquanto os do Nicholas aliviam o
sofrimento com uma espécie de amor incondicional, esse focaliza o sofrimento
como algo infinito e sem cura, deixando o amor em segundo plano. Argh! Muito
macabro para meu estilo ultrarromântico.
Não posso negar, entretanto, da impecável edição do livro. A
textura meio aveludada da capa conversa com os tons claros nela presentes,
deixando-a extremamente leve (o que é meio irônico já que o livro é tudo, menos
leve, rs). As páginas coloridas presentes no seu interior também garantem um
diferencial. Mesmo não sendo muito fã do título, a obra é aparentemente linda!
Enfim, não que o livro seja ruim. Talvez muitos irão adorar.
Só não é para mim. Não mesmo! Aqui vão, pois, apenas três estrelas dessa vez.
por Ana Luísa