Christina Aguilera - Lotus


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Após o fracasso de vendas que foi Bionic, Christina Aguilera está de volta e inquebrável em Lotus!
O disco, que celebra os dez anos de Stripped e, em alguns parâmetros, até mesmo se equipara aos tempos dourados de Beautiful e Dirrty, traz parcerias com CeeLo Green e Blake Shelton, os dois companheiros restantes do The Voice com os quais Aguilera não colaborara anteriormente, e composições da garota do momento, Sia Furler, e os já de casa Max Martin e Shellback.
No novo álbum Christina abraça a mulher que se tornou (e suas gordurinhas extras), e relembra aos antigos fãs (e também aos novos) que ela ainda tem muito a oferecê-los. Lotus é o que eu podia esperar de Christina neste ponto da sua carreira: comercial até um ponto e, sob a superfície, impactantemente sentimental. Temos a novidade da powerhouse music, o já conhecido dubstep de Your Body, deliciosos mixes do que está na moda quando se trata do cenário musical atual, e, como não podia faltar, baladas de tirar o fôlego. Tanto dela quanto nosso!
Dessa experiência maluca, saiu um álbum senão viciante, delicioso!
Eu poderia escrever resenhas inteiras para cada uma das faixas, mas vou tentar ser breve! rs

01. Lotus Intro: Como não podia faltar, Lotus abre com uma canção-introdutória, típica dos álbuns de Aguilera. A melodia é convidativa (o que combina com a capa), com samples de Midnight City, do M83, e é cantada de uma forma suave e decidida que traz à tona o principal tema do álbum: a força, representada aqui pela flor Lótus, que prospera nas mais adversas condições. 3/5

02. Army Of Me: Army Of Me (ou Fighter Versão 2012) é uma faixa uptempo com guitarras e tambores onde Christina confronta o seu ex, dizendo que, para cada vez que ele a quebrou, um exército de muitas faces da mesma se erguerá para enfrentá-lo. Comparações com Fighter à parte, a música é até um dos destaques no álbum, principalmente por ter sido produzida pela própria Aguilera, mas a sombra da canção na qual a mesma claramente se inspirou ainda me perturba, impedindo-me de dar uma nota completa... 4/5

03. Red Hot Kinda Love: Red Hot Kinda Love me lembra de Elastic Love, do álbum anterior. Uma influência que, a meu ver, poderia ter sido descartada. A faixa ainda me remete à melodias natalinas, e está muito aquém do alcance vocal da cantora. 3/5

04. Make the World Move (feat. CeeLo Green): A quarta faixa é o esperado dueto com CeeLo Green, uma faixa com influências retrô e modernas, não dispensando os sintetizadores e até mesmo chamativas 'buzinas'. Com relação à letra, é basicamente aquele conhecido tema 'se uma pessoa pode fazer a diferença, duas podem mudar o mundo', que já estamos cansados de ouvir nas aulas de Ecologia. 4/5

05. Your Body: Your Body é o primeiro (e injustiçado) single do trabalho. A faixa mid-tempo celebra o que há de melhor no pop eletrônico da atualidade, sendo a frágil ponte que liga os velhos admiradores da cantora aos mais recentes. Foi uma perfeita escolha para ser trabalhada como carro-chefe do álbum, mesmo com seus medianos desempenhos mundialmente, e não escondo que sou apaixonado pela mesma, e seu colorido videoclipe! 5/5

06. Let There Be Love: Let There Be Love marca a aventura de Aguilera pelas boates, tanto literal quando liricamente. A faixa, que não esconde sintetizadores e Auto-Tune, espalha amor e uma sensação de bem-estar ao ouvinte, sendo uma ótima sequência à estrondosa Your Body! 5/5

07. Sing For Me: Sing For Me é a resposta de Christina a seus difamadores críticos. É quase uma canção terapêutica para a mesma, equipada com um refrão que deixará todos de queixo caído, com notas perfeitamente alcançadas e trabalhadas, de modo a transformar curtos minutos num festival de apreciação sonora. 4/5

08. Blank Page: Blank Page é a balada escrita por Sia (de Wild Ones, do Florida, Titanium, do David Guetta, Radioactive, da Rita Ora e Diamonds, novo hit de Rihanna), que muitos, aposto, esperavam ser algo totalmente diferente, certo? Rsrs... Mas Blank Page é pura, bela e sincera, mesmo que não supere a tangível dor da cantora em You Lost Me. 'Pinte-me um coração, e salve-me esta noite... Eu sou uma página em branco esperando para ser trazida à vida...' 5/5

09. Cease Fire: Cease Fire é uma canção sincera de pacificação num relacionamento repleto de brigas e demais conflitos. Tem uma forte influência do rock-n-roll e os vocais impecáveis que todos já conhecem. Não faz muito barulho, mas também não é aquela coisa dispensável, como Red Hot Kinda Love. 4/5

10. Around The World: Around The World é a faixa enche-linguiça que todo disco que se preze tem. Aqui Christina canta sobre querer fazer amor com seu amado em todos os lugares do mundo. De Tóquio a Milão, Nova York ao escambau, e por aí vai... Red Hot Kinda Love e Around The World são geralmente aquelas que eu pulo quando ouço o disco. 3/5

11. Circles: 'Spin around in circles on my middle middle finger!' Tem como ser mais polêmico que isto? Hahaha. Circles é uma nova resposta aos críticos mal-intencionados, fazendo juz à primeira, Sing For Me, embora definitivamente tenha uma personalidade mais agressiva. Quando Christina explode no mortal refrão, é quase como se estivesse esmurrando alguém! Furiosa, brincalhona, sexy e inovadora! 5/5

12: Best Of Me: Best Of Me é a terceira e última balada do álbum Standard, não sendo tão impactante quanto Sing For Me e Blank Page, mas ainda assim não decepcionando. Eu só esperava que Aguilera soltasse a voz no refrão e atingisse as maiores notas possíveis, mas a mesma se restringiu à sonoridade de uma canção downtempo digna de cantoras menores como Cheryl Cole. 4/5

13. Just a Fool (with Blake Shelton): 'Another shot of whiskey please bartender'... Porque será que esta é minha letra favorita em todo o disco? Será a sensualidade denotada nas vozes de Aguilera e Shelton? Porque ambos casaram bem juntos! Miranda Lambert deve começar a se preocupar! Hahaha. Just a Fool era uma das faixas que eu estava mais ansioso para ouvir, pois marca a primeira influência country na música da Christina e... Cá entre nós, ela não decepciona em nenhum estilo! Do pop à retrô, do country à eletrônica, ela arrasa!! 5/5

14. Light Up The Sky (Faixa Bônus): Light Up The Sky é o hino de glória que inaugura as faixas bônus da Versão Deluxe, e minha faixa favorita! É uma balada mid-tempo com letras simples, mas bonitas, e uma nota final de deixar impressionado até mesmo quem era maturo o suficiente para passar pela época do Stripped! Uma pena não ter sido incluída na edição Standard como faixa final pois, apesar de ser extremamente boa, Just a Fool não conclui bem um álbum. 5/5

15. Empty Words (Faixa Bônus): Assim como Army Of Me é a nova Fighter, Empty Words é a regravação de Beautiful. NUNCA tão impactante ou dominadora quanto a versão original, mas ainda assim uma mensagem de força para aqueles que sofrem bullying e todo o preconceito devido às próprias diferenças. 4/5

16. Shut Up (Faixa Bônus): Sabe aquela pessoa que fala, fala e fala, e você só quer ter um interruptor na mão para tirar a voz da mesma quando quiser? Rsrs... Pois é! Shut Up, que não poderia ser mais sugestiva, é sobre isso! Com um coro masculino no refrão e letras polêmicas (mas não tanto quanto Circles), a canção conclui a Versão Deluxe com um ar imaturo e inofensivo, prometendo mais. É quase a Bobblehead do Lotus4/5

17. Your Body - Martin Garrix Remix (Faixa Bônus): Remixes... Sempre decepcionando FEIO. Precisa mesmo comentar sobre este? Vamos apenas dizer que... Estraga mais que nunca a versão original. 1/5

Ficou claro para mim (e talvez para todos) que Christina quis refazer a era Stripped e, apesar de ter errado a mão em poucas faixas, acertou em cheio em muitas outras! Não me importo que sejam regravações de selecionadas canções da época dourada de sua vida (ou uma versão mais matura da capa 'dirrty' do álbum de 2002), contanto que sejam boas! Mas isso não quer dizer que Lotus não tenha uma originalidade e ar próprio...
Agora só resta esperar que todo o esforço da Christina e a reza de seus fãs vingue! Rsrs...