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Unapologetic é o sétimo disco de estúdio da barbadiana Rihanna, lançado dia 19 de novembro, 2012, através da Def Jam Recordings. O single carro-chefe do álbum, 'Diamonds', estreou na iHeartRadio em 23 de setembro. Depois de seu lançamento, a canção rapidamente atingiu o topo de várias paradas ao redor do mundo. Para promover o disco, Rihanna embarcou na turnê '777', aventura composta de 7 shows, que visitou 7 cidades e 7 países em um curto período de tempo. Unapologetic também é celebrado pela turnê mundial Diamonds, que toma os palcos em 2013.
Chegou o mês de novembro, e se você acompanha o cenário da música pop internacional sabe que esse é o mês escolhido para os lançamentos anuais da cantora barbadiana Rihanna. Depois das cores em Loud e do apelo sexual em Talk That Talk, a cantora traz um álbum com um propósito de atingir o público manifestando todos os seus sentimentos mais profundos: o amor, a raiva e o arrependimento. Lançar um álbum todo ano não deve ser uma tarefa fácil, e isso se torna ainda mais difícil quando o objetivo é expor sua intimidade e manter o nome no topo das paradas ao mesmo tempo. Unapologetic já dividiu opiniões desde o primeiro single, Diamonds, uma balada que em pouco tempo alcançou o topo das maiores paradas musicais de todo o mundo. Ao longo de seus sete anos de carreira Rihanna já alcançou feitos invejáveis, até mesmo para artistas que estão na estrada há décadas: vendeu mais de 20 milhões de CDs, possui 11 singles número 1 na Billboard Hot 100, e é a recordista de vendas de singles digitais. Com uma bagagem desse tamanho não é surpreendente que chegue a hora de lançar algo que una todos os seus trabalhos em um, e Unapologetic acima de tudo busca isso. Só nos resta concluir se essa reunião se tornou algo convincente ou se é apenas mais um disco que irá gerar 3 singles de sucesso e logo cair no esquecimento.
01. Phresh Off the Runway
O álbum mal começa e de cara já se pode perceber que essa é uma grande
candidata a single. Não se deixe enganar pelo fato de ser uma produção
do David Guetta! A música acaba sendo bem inesperada e se trata de um
Hip-Hop que abre perfeitamente o álbum, apesar de ser bem diferente da soutras 14 faixas.
02. Diamonds
O primeiro single do álbum dividiu opiniões quando foi lançada, e
confesso que gostei muito logo de cara. Todos esperavam uma versão
reciclada de We Found Love ou Where Have You Been, mas Diamonds
se trata de uma balada escrita pela australiana Sia, que ultimamente se
tornou bem conhecida por trabalhar com David Guetta nos hits Titanium e She Wolf (Falling to Pieces).
Com o tempo acabei perdendo o interesse pela mesma e nem sequer a ouço
mais, mas vou deixar que prevaleça a primeira impressão.
03. Numb (feat. Eminem)
Depois do grande hit Love The Way You Lie,
de 2010, qualquer pessoa poderia imaginar que a nova parceria entre
Rihanna e Eminem resultaria em algo parecido e com o mesmo apelo
comercial, mas Numb passa bem longe, e mesmo com o refrão que se limita somente a uma frase (I'm going numb),
achei essa parceria bem melhor que a anterior. Apesar disso a participação do Eminem foi tão desnecessária que dá a impressão de que os seus versos foram incluídos somente como forma de dar um hype à canção.
04. Pour It Up
Apesar de curta e repetitiva, Pour It Up é até interessante. Há uma vibe bem obscura na canção e as batidas do refrão são bem minimalistas, porém impactantes.
05. Loveeeeeee Song (feat. Future)
Desde o anúncio da tracklist Loveeeeeee Song
já foi citada como a favorita da crítica especializada. Eu
particularmente não compartilho da mesma opinião, mas à medida que a
ouço percebo que é uma boa canção, principalmente pela junção dos vocais
da Rihanna e do Future. Aqui há uma perspectiva bem anos 90. É o tipo
de música que você poderia escutar em alguma rádio americana há uns 20
anos atrás.
06. Jump
Dubstep! Se vocês querem saber a minha opinião, já estou farto dessas batidas! Jump
não tem os ingredientes para ser interessante, mas acaba sendo. O
refrão poderia até ser descartável, mas a forma como as batidas evoluem
durante a constante repetição da palavra "jump" é no mínimo
enlouquecedora. Há uns versos que me parecem ser do Kanye West, mas não
há nenhum crédito ao rapper. A canção foi acusada de plágio por ser
supostamente inspirada no hit Pony, do artista R&B Ginuwine, mas tudo foi esclarecido e o sample da canção foi usado de forma legal.
07. Right Now (feat. David Guetta)
Quem
não tem Calvin Harris caça com David Guetta! Não sou admirador do
trabalho de ambos, mas essa produção do francês realmente me conquistou.
Não tem a mesma qualidade dos singles do álbum anterior, mas deve se tornar um grande hit e inclusive já foi anunciada por alguns sites e rádios como o segundo single do álbum.
08. What Now
Desde a prévia What Now era a faixa que eu mais aguardava, e a junção
perfeita entre a guitarra e o dubstep a tornou ainda mais promissora.Os
versos se iniciam de forma bem lenta e o refrão surge vagarosamente e explode com gritos incríveis. Como se não fosse o bastante, o último refrão é seguido
por alguns versos que se repetem até o fim da canção, o que a torna ainda mais empolgante. Sem dúvida a minha favorita!
09. Stay (feat. Mikky Ekko)
Você provavelmente nunca deve ter ouvido falar de Mikky Ekko, mas também não esquecerá de seu nome depois de Stay, a minha balada favorita do novo álbum. O cantor indie,
que também escreveu a canção, divide os vocais com Rihanna de forma
brilhante, tornando este um dos meus duetos favoritos do ano de 2012!
10. Nobody's Business (feat. Chris Brown)
Só pelo fato de ser o dueto mais polêmico do álbum essa pode ser
considerada uma das mais aguardadas do disco. É a terceira vez que os
cantores dividem os vocais em uma canção somente durante esse ano, e
depois da agressão que a cantora sofreu por parte do ex-namorado em 2009
muitos fãs não imaginavam tais parcerias e muitos nem sequer aceitaram,
mas como o próprio nome sugere, 'não é da conta de ninguém'. Pode ser
somente uma forma de marketing, mas como o título do álbum sugere,
Rihanna não tem ressentimentos nessa fase, e não havia forma melhor de
se mostrar isso. A música não é uma das minhas favoritas, mas se destaca
por lembrar o estilo musical adquirido pelo eterno rei do pop Michael
Jackson, utilizando o sample do hit The Way You Make Me Feel, de 1987.
11. Love Without Tragedy/ Mother Mary
Outro destaque crítico do álbum, as duas faixas (que só Deus sabe
porque foram unificadas) foram aclamadas por suas letras, que sem dúvida
são as melhores do disco. Ambas se encaixariam no quarto álbum da
cantora, o Rated R, e apesar de ter pouco mais de 2 minutos, prefiro Love Without Tragedy, mas Mother Mary merece destaque pela emoção que a intérprete depositou na mesma. É impossível imaginar outra pessoa cantando-a!
12. Get It Over With
A décima-segunda faixa do disco é bem emocional e talvez tenha algum
significado pessoal para a intérprete. Longe de ser uma das minhas
favoritas, essa se destaca também pelos vocais masculinos que são bem
suaves e dão ênfase ao apelo de balada da música.
13. No Love Allowed
Desde o seu primeiro álbum a barbadiana sempre reserva pelo menos uma das faixas de seus discos para relembrar as suas origens. No Love Allowed é um reggae
que de início não havia chamado a minha atenção, mas agora percebo as
suas qualidades e acho que no futuro deve se tornar uma das minhas
favoritas. Não chega a ser marcante como Man Down, mas também têm o seu valor.
14. Lost In Paradise
Quando o Talk That Talk
foi lançado no ano passado, o dubstep passava por uma grande
popularização, e se em 2012 o gênero cresceu muito podemos ter certeza
que em 2013 não haverá outra coisa nas rádios. Lost In Paradise
encerra o álbum com essa sonoridade e se tornou uma das favoritas dos
fãs, mas, na minha opinião, ainda falta algo que a torne impactante.
15. Half of Me (Faixa Bônus)
Rihanna com certeza cometeu várias loucuras ao longo de sua discografia, e incluir Half Of Me
como faixa bônus talvez seja uma das maiores. A música escrita por
nomes como Emeli Sandé e Adele começa pouco promissora e, ao longo dos
pouco mais de 3 minutos, adquire uma atmosfera única e sentimentalista,
que a torna uma das melhores do disco.
O
fato de lançar um álbum por ano tornou Rihanna um nome de peso nas
paradas de todo o mundo, mas talvez também esteja prejudicando a
qualidade dos seus trabalhos. Ninguém questiona o fato de que ao longo
da sua carreira a barbadiana lançou singles que entraram para a história
da música, mas ainda falta algo que faça com que os seus álbuns sejam
consistentes. O fato de misturar todos os discos em um pode parecer
promissor, mas o projeto acaba se tornando bem cansativo e até confuso
quando todo o conjunto passa a ser avaliado. Isso não quer dizer que o
álbum seja ruim, e tampouco que não fará sucesso, porque é fato que em
uma semana o mesmo estará no topo de dezenas de paradas e produzirá
grandes hits. Mas talvez seja a hora de tirar férias e voltar com algo que não seja somente moderno, inspirado, comercial e ousado, e sim algo relevante, memorável. Até a próxima tentativa, Robyn Rihanna Fenty!