(DRD) Moira Young - Caminhos de Sangue (Dustlands #1)

Caminhos de Sangue
Título: Caminhos de Sangue
Autor(a): Moira Young
Editora: Intrínseca
Gênero: Distopia
Nº de Páginas: 347
Ano: 2012
Avaliação:  
Skoob
Saba passou a vida inteira na Lagoa da Prata, uma imensidão de terra desértica assolada por constantes tempestades de areia. O lugar não a incomoda, contanto que o irmão gêmeo, Lugh, esteja por perto. Quando, porém, uma gigantesca tempestade chega trazendo quatro cavaleiros de mantos negros em seu rastro, a vida que Saba conhece chega ao fim: Lugh é raptado e ela tem que embarcar em uma perigosa jornada para resgatá-lo. Repentinamente jogada na realidade selvagem e sem lei do mundo além da Lagoa da prata, Saba não consegue pensar no que fazer sem Lugh para guiá-la. Por isso, talvez a maior surpresa seja o que descobre sobre si mesma: é uma lutadora incansável, uma sobrevivente feroz e uma oponente perspicaz. Com a ajuda de um audacioso e atraente fugitivo e de uma gangue de garotas revolucionárias, Saba se torna a protagonista de um confronto que vai mudar o destino de sua civilização.

Lá vou eu resenhar uma distopia novamente! É a terceira ou a quarta do mês se não me engano. Rsrs...
Esta eu li como parte do Desafio Realmente Desafiante da Clícia Godoy, cumprindo a meta do livro que possui entre 300 e 350 páginas, uma das mais fáceis, se vocês me perguntarem, desconsiderando o fato de que tinha de ser um livro que comprei ano passado.
Caminhos de Sangue esteve em meu poder a partir de outubro de 2012, mas reiterei a leitura até janeiro deste ano devido à correria do Natal e Ano Novo que sempre acomete a todos, além de quase ter me afogado em meio a tantas outras tarefas. Conforme eu adiava o momento iminente, a curiosidade com relação ao livro só foi crescendo, e eu achei que tinha chegado ao meu limite de distopias para o mês, mas descobri que cabia espaço para mais uma!! Rsrs...
Escrito pela canadense Moira Young, que devia ter largado a carreira de atriz e se dedicado à de escritora mais cedo, Caminhos de Sangue (no original Blood Red Road) conta a trajetória de sobrevivência de uma família miserável nos confins do que restou do mundo que conhecemos. Saba vive na desértica Lagoa da Prata ao lado do irmão gêmeo Lugh e do Pai, que parece ter se desligado das obrigações de pai desde que a mulher morreu ao dar a luz à Emmi, a filha caçula. O quarteto sobrevive do jeito que pode até uma gigantesca tempestade de areia chegar, acompanhada de mortais cavaleiros chamados Tonton, e roubar tudo o que eles já conheceram. O Pai é morto e o Lugh sequestrado, e resta apenas Saba cuidando da Emmi, com quem nunca teve uma relação pacífica.
Saba nunca esteve em nenhum lugar a não ser a Lagoa da Prata. O mundo exterior é uma região totalmente desconhecida, e mesmo assim, munida de coragem, seu amigo corvo Nero, uma besta e praticamente arrastando a mirrada irmã menor, a jovem sai no encalço do irmão gêmeo para resgatá-lo. Lugh sempre foi o seu Sol, e Saba está disposta a reavê-lo, nem que para isso tenha de oferecer em troca sua própria vida.
Eu comecei o livro odiando a Saba. A protagonista nunca aprendeu a ler, e não é incomum você encontrar no livro traços de uma narrativa informal que traduz o ambiente árido e impróprio no qual a mesma cresceu. Mas é claro que não é por isso. Na verdade, isso apimentou e deu um tom realístico à trama. O problema com a Saba é sua obsessão em encontrar o Lugh. Ela não pensa em mais nada a não ser reencontrar o irmão gêmeo, e, se a situação fosse diferente e a Emmi tivesse sido levada, Saba não tinha certeza se iria a seu resgate. É como se ela não pudesse existir sem o gêmeo, e dane-se a irmã mais nova e todo o resto!! Rsrs...
E enquanto o livro se desenvolve, Saba cresce junto, e passa da odiosa protagonista que desprezava a irmã por ter “causado” a morte da mãe no nascimento a uma heroína forte e quase inquebrável que sequer considera deixar um amigo para trás.
Caminhos de Sangue é dividido em nove distintas facções, todas representando um ponto decisivo na jornada de Saba por aquela terra distópica governada por tiranos e castigada pelo Sol, repletos de ação ininterrupta, perseguições e aventuras de tirar o fôlego!
Já no meio do livro sabia que era um dos meus favoritos, não importasse o final (que digo de passagem ser mais que perfeito!) e desconfiava que Saba acabaria cedendo aos desejos carnais em algum momento!! Eu poderia separar um parágrafo apenas para falar do explosivo e sexy casal que se forma, mas meu tempo e o seus é curto, então é claro que não farei isso.
Com relação às semelhanças com Jogos Vorazes, além de algumas partes com referências ao ideal “lutar ou ser morto”, cada trilogia tem seus próprios benefícios e é incrível ao seu jeito. O segundo chama-se Rebel Heart (Coração Rebelde), e prometo que tentarei me segurar de ansiedade até o seu lançamento!!