Autor(a): Stephen Chbosky
Editora: Rocco
Gênero: Drama
Nº de Páginas: 216
Ano: 1999
Avaliação: 
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Eu literalmente acabei de ler na língua original este e-Book realmente adorável chamado The Perks of Being a Wallflower, e tenho muito e ao mesmo tempo pouco a falar sobre ele, exceto que amei!
Charlie é um adolescente comum com o qual todos podem se identificar, que acabou de ingressar no colegial após passar pela experiência traumática de perder o melhor amigo, que cometeu suicídio. Ele tem dezesseis anos, mas mentalidade de dez e é extremamente sensível e alheio ao mundo ao seu redor. Acho que foi isso que me fez criar um elo de importância com o personagem tão cedo, a ponto de realmente torcer para que, no fim, tudo desse certo para o mesmo. Charlie teve uma infância conturbada, com a morte de sua tia querida e a falta de atenção que recebia dos pais, sempre preocupados com os filhos mais velhos e deixando os sentimentos do caçula de lado, e o garoto finalmente encontra a atenção da qual necessita em Patrick e Sam, dois excêntricos jovens unidos pelo casamento dos pais que o introduzem a um lado diferente da vida, repleto de festas, drogas, sexo e, principalmente, felicidade.
Patrick é detentor de um grande segredo, e logo percebe que Charlie é a pessoa certa para guardá-lo. Já Sam é a garota por quem nosso protagonista se apaixona... Mas tem um problema! Ela está comprometida e Charlie não faz ideia do que fazer numa situação dessas, pois o que sente por Sam ele jamais sentiu por mais ninguém.
Antes de mais nada, este é um livro sobre uma adolescência conturbada. As incertezas desta fase da vida, pela qual estou coincidentemente passando, as paixonites, a descoberta de quem são seus reais amigos, o bullying, e até mesmo a homossexualidade... Todos são assuntos recorrentes na leitura de duzentas e poucas páginas, que por tão simples e realmente sincera, ganhou meu coração!
A narrativa é feita através das cartas de Charlie a um destinatário desconhecido, de modo que você cria a ilusão de estar recebendo as correspondências você mesmo.
Foi uma leitura marcante para mim, e ainda tão cedo em 2013, e acho que, daqui a algum tempo, até mesmo lerei novamente! Para aqueles que já conhecem o livro, queria fazer uma pergunta: vocês também se sentiram infinitos?
