James Patterson - Eu, Alex Cross

Eu, Alex Cross
Título: Eu, Alex Cross
Autor(a): James Patterson
Editora: Arqueiro
Gênero: Policial
Nº de Páginas: 198
Ano: 2011
Avaliação: 
Numa noite de festa, Alex Cross recebe uma notícia chocante O detetive está comemorando seu aniversário quando atende a um telefonema informando que sua sobrinha, Caroline Cross, foi brutalmente assassinada. Ele jura que vai capturar o criminoso e logo descobre que Caroline estava envolvida com prostituição e não foi a única vítima. Garotas de um clube privativo desaparecem misteriosamente Atrás de pistas do assassino, Alex e a namorada, a detetive Brianna Stone, vão a um lugar onde é possível realizar qualquer fantasia, desde que se conheçam as pessoas certas para entrar. É lá que um homem misterioso e de gosto excêntrico, autodenominado Zeus, sacia seus desejos. Um mistério que pode abalar o mundo Alex e Bree percebem que terão que enfrentar figuras muito importantes, perigosas e bem protegidas, das mais altas esferas da sociedade. E uma coisa é certa: elas farão de tudo para manter seus segredos.

Eu, Alex Cross é o 16º volume da consagrada série policial assinada por James Patterson, um dos autores mais lidos da atualidade, e protagonizada pelo famoso detetive Alex Cross, que já virou um ícone da literatura e do cinema. Eu nunca tive a mínima vontade de ler James Patterson, consequentemente porque não sinto uma grande atração por romances policiais, mas quando a professora decide colocar um livro dele na lista de leituras obrigatórias do ano e você não quer arriscar perder alguns pontos, é óbvio que lerá, mesmo tendo um mau-pressentimento com relação ao enredo e imediatamente não indo com a cara do livro.
Primeiramente, me senti bem incômodo lendo o 16º livro de uma série sem ter lido os quinze que vieram antes. Tudo bem, são casos independentes, mas ainda assim não pareceu "certo", e este desconforto durante a leitura, vocês bem sabem, é o grande fator que atrapalha todo o resto. No caso de Eu, Alex Cross, apenas um deles. Não li outros livros da série e nem pretendo, mas creio que todos tenham a mesma premissa: um macabro assassinato ocorre e, como ninguém parece conseguir desvendá-lo, o heroico detetive Alex Cross é encarregado do caso.
Neste volume, a vítima é a sobrinha do protagonista, Caroline, que costumava ser uma prostituta e foi encontrada não apenas morta, mas triturada. Alex imediatamente torna-se obcecado em desvendar a identidade do assassino de sua sobrinha e de várias outras garotas desaparecidas, e acaba enredando-se numa trama extremamente complicada, que envolve políticos do alto escalão de Washington, prostituição ilegal e perigosos jogos de poder.
Sei que muita gente morre de amores por livros policiais, e muitos são até fãs de carteirinha do James Patterson, mas só me sinto repetitivo ao dizer, novamente, que o plot reciclado do gênero em que só nomes e locais são alterados não me atrai em aspecto algum! Para qualquer livro me chamar a atenção, ele precisa ter um mínimo de originalidade na narrativa, seja com uma reviravolta que alterará todo o curso da história ou com um final de fazer cair o queixo, e sendo o 16º numa série feita para ser apenas consumida cada vez mais e mais por fãs do gênero, Eu, Alex Cross não foi nada senão uma leitura entediante.
Eu até poderia ser menos rigoroso com o livro não fossem algumas passagens generalistas e preconceituosas com os latinos, o que achei impossível de serem ignoradas! Toda pessoa mulata ou com a pele relativamente mais escura que o branco habitual que surgia na história era rapidamente caracterizada como latina ou até mesmo brasileira. Sabemos que os norte-americanos não dão a mínima para nós, mas também há brancos aqui, certo? Tive vontade de atirar o livro longe quando um personagem qualquer comparou, por alguma incompreensível razão, um homem branco com um dito latino, e tirou a infundada conclusão de que um parecia mais "inteligente" que o outro. Oi???
Sinto muito, Patterson, mas simplesmente não consegui digerir este livro, por estas questões e várias outras. A partir da página 120 ou 150, não sei, cheguei ao ponto de apenas passar os olhos pelas páginas, desatento, algo de que não me arrependi, considerando o final extremamente insatisfatório e que o faz se sentir ludibriado, para não dizer coisa pior. Infelizmente, espero que esta seja minha primeira e última experiência com o autor. Uma estrela é mais que o suficiente neste "caso".