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Oi, gente!
Como mais nova colunista do blog, tenho a
obrigação de me apresentar. Serei, pois, breve: com um senso de humor peculiar,
sou imprevisível. Romântica incorrigível. Viciada em música. Apaixonada por
livros. A leitura é, para mim, um mundo paralelo, no qual necessito
embarcar quando o nosso mundo se torna demasiadamente ordinário e entediante. E
é por isso que leio muito e de tudo um pouco. A versatilidade é, quem sabe, uma
das minhas qualidades. Aprecio tanto clássicos nacionais quanto ficções americanas. Não nego, porém, que tenho uma queda especial por
romances. Livrinhos “água com açúcar” de amorzinho são capazes de arrancar de
mim suspiros e sorrisos. E isso será claramente percebido ao longo das minhas
resenhas. Rs...
E será exatamente sobre um livro de “amorzinho” que resenharei,
pela primeira vez. Vamos ao ponto!
Lançado no último mês, Fazendo Meu Filme 4: Fani em Busca do
Final Feliz é o último livro da série da autora mineira Paula Pimenta. Nele,
acompanhamos a continuação da história de Fani que, após um término traumático
com seu namorado – e provável amor de sua vida – Leo, resolve abraçar seu sonho
de ser cineasta e aceita uma bolsa de estudos em Los Angeles.
A história é contada por meio de flashbacks: os capítulos se
alternam em passado e presente, permitindo que o leitor não perca nada da vida
de nossa personagem e acompanhe as mudanças de Fani durante esses cinco anos.
Minto! Acompanhamos a vida não só da Fani durante os anos, como também a do Leo, que se torna, na segunda parte do livro (Ah! Quase esqueci de mencionar: o
livro é dividido em três partes), o próprio narrador.
E em 606 páginas a trama (que está mais para “drama”) se
desenrola. Envolvente, sim, mas angustiante por, entre muitas, duas principais
razões:
A primeira é, sem pestanejar, o fato do livro ser dividido em
partes. Não digo que desprezo esse recurso, afinal até gostei da possibilidade
de ver os fatos pelas perspectiva do Leo. Mas é simplesmente angustiante (e
sim, insisto nessa palavra!) o fato de ter que ler todos os acontecimentos
novamente, mesmo que através de outra visão. Foi como um retrocesso. Quando
atingimos o ponto auge e não queremos nada além do desenrolar do conflito
recém-iniciado, somos obrigados a deixar esse conflito para depois e ler
duzentas páginas do passado do Leo. Confesso que minha agitação foi substituída
por preguiça ao constatar essa realidade.
Além disso, outra razão que pesa no quesito angústia foram as
constantes reviravoltas do livro, capazes de me deixar extremamente
revoltada, com vontade de rasgar algumas páginas e de dar descarga nelas!!!
Não querendo me contradizer, mas já o fazendo (rs), após a leitura
percebo que tamanha angústia sofrida foi essencial para transformar o livro em algo inesquecível! A autora soube mexer com nossas emoções (e como!) com maestria,
garantindo uma interação dinâmica entre leitor e personagens. Se sinto falta de uma pitada de senso de humor em alguns trechos,
não posso reclamar da dose exata de romantismo (fofo sem ser piegas) que
preenche as páginas da obra. Uma verdadeira montanha-russa: sobe, desce, vira e fica até mesmo
de cabeça para baixo, para no final se transformar em uma experiência
inesquecível! Vale a pena ler e entrar
no mundo da Fani... Só não me responsabilizo pela tristeza "pós-leitura-espetacular" que todos acabamos por sentir ao virar da última
página!