Álbum da Semana #44: Leona Lewis - Glassheart

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Leona Lewis está de volta!
Fora dos radares musicais desde 2009, a inglesa que conquistou o público com sua voz de falsetto no The X Factor acabou de lançar seu mais novo e antecipado álbum, Glassheart, sucessor dos bem-aclamados Spirit e Echo. O disco contém a mesma fórmula de sucesso que Leona usou das outras vezes: música pop, baladas clássicas e Ryan Tedder (rsrs). Inicialmente previsto para ser lançado um ano atrás, Glassheart foi completamente reformulado e adiado para 2012, devido ao mediano desempenho do primeiro single, Collide, e acusações de plágio da canção pelo DJ Avicci. Acabou que Collide nem entrou no álbum, e Trouble, balada composta por Emeli Sandé, planejada como o segundo, tornou-se o primeiro single oficial. O que eu achei uma injustiça, porque Leona certamente não sabia que a canção continha samples não autorizados de outra faixa, caso contrário jamais a gravaria.
Mas não estamos aqui para falar disso!! Rsrs...
O drama todo com Collide passou, em algum ponto aceitei que Leona não mudaria esta capa um tanto estranha, para não dizer feia, Trouble mostrou-se um novo hit mediano e o álbum está previsto para estrear no segundo lugar dos charts britânicos esta segunda! Mesmo assim, não é melhor que o Spirit ou Echo, apesar de ainda ser um ótimo trabalho. Bom... Esperei um século por isto, e aqui vai o que achei do aguardado disco:

01. Trouble: Primeira faixa no álbum, Trouble é aquela balada emocional com elementos de trip hop levada ao piano com um forte toque sombrio nas letras, que quebrará seu coração em tempo recorde. É interessante da primeira vez que você ouve, e maravilhosa depois que você se acostuma à incomum produção. 5/5

02. Un Love Me: Outra balada acompanhada pelo clássico piano, Un Love Me não é nada diferente do que já ouvimos de Leona anteriormente, embora ainda possua uma certa escuridão e sofrimento em suas letras que a torna única. Não se mostrou uma das minhas prediletas, mas são muitas as vezes que me pego embriagado de emoções por Un Love Me4/5

03. Lovebird: Muito romântica, assim como eu esperava, Lovebird é aquela faixa com refrão grudento que fará seus pensamentos 'voarem para longe' e não te deixará em paz! Aqui Leona se retrata como uma ave aprisionada numa gaiola, uma metáfora para um amor destrutivo e vicioso que não a deixa seguir em frente. O contra-balanço de letra triste e melodia doce me lembrou Dark Side, de Kelly Clarkson. 5/5

04. Come Alive: Come Alive era uma das faixas que eu estava mais ansioso para ouvir. Pelas versões acústicas que a Leona andava cantando na pré-promoção do álbum, eu meio que esperava mais uma balada com notas altas... E fui totalmente pego de surpreso por um dubstep, e dos bons! Não é algo que Leona costuma fazer, e adorei a inovação. Come Alive consegue levá-lo a um estado etéreo! 4/5

05. Fireflies: Fireflies é a balada mais bonitinha cantada por Leona desde Yesterday, do primeiro álbum (rsrs). Apesar de ser um cover, a artista consegue tornar sua versão de uma música injustiçada e desconhecida original e dar-lhe aquele 'algo a mais'. Eu fiquei simplesmente sem palavras! 5/5

06. I to You: É a única música da Leona que ganhou 3 estrelinhas comigo até hoje!! I to You foi polida pelo mesmo time de ouro de Trouble, mas nem isso ou a letra no mínimo notável foi capaz de salvar a melodia um tanto entediante da canção. A única que menos ouço do Glassheart, ou que, às vezes, nem ouço, deixou um tanto a desejar. 3/5

07. Shake You Up: Shake You Up é Forgive Me repaginada! Haha. Forgive Me foi um dos últimos dos inúmeros singles da era Spirit, lá em 2007/ 2008, e mostrou-se um hit mediano ao redor do globo. Acho que Shake You Up, se também lançada separadamente, fará o mesmo... O início da canção à là década de 1980 foi o que me ganhou de cara, e o andamento também não decepcionou! I wanna shake, wanna shake, I wanna shake you up! 4/5

08. Stop the Clocks: Se eu pudesse resumir Stop the Clocks em uma única palavra, certamente seria 'belíssima'! A letra é toda sobre Leona querendo parar os relógios para poder passar mais tempo com aquele que ama! *Awn, que cuti cuti! Rsrs... Amei Stop the Clocks de cara. Primeiro porque é uma balada, e é muito raro eu não amar uma, e segundo porque... Bem, a canção é muito, muito, muito linda!! 5/5

09. Favourite Scar: Favourite Scar foi certamente a grande surpresa do disco! Contém elementos hip-hop, e até mesmo um pouco de rap por parte da vocalista, e um refrão grudento que se iguala ao de Sexy Den a Mutha, da concorrente Cheryl Cole. Foi produzida pelo hitmaker Ryan Tedder, e é uma das minhas prediletas. Novo Bleeding Love? Vamos ver... 5/5

10. When It Hurts: Esta balada particularmente me lembra de Trouble e I to You, mas definitivamente é muito melhor que esta última! Rsrs... 'You love it when it hurts'. Aqui Leona canta sobre mais um relacionamento destrutivo, e como a única coisa que faz seu parceiro feliz é vê-la sofrer. Poderia facilmente ter sido retirada do repertório de músicas da Rihanna ou da Adele. 4/5

11. Glassheart: A faixa-título era a música que eu fiquei desesperado para ter em meu iPod da primeira vez que ouvi Leona cantando-a ao vivo. O dubstep é incrível, as letras harmoniosas e originais, e a junção Fraser T. Smith-Ryan Tedder não fez feio. Mas um único aviso: CUIDADO! Glassheart vicia!!! Rsrs... Definitivamente um single preparado! 5/5

12. Fingerprint: Oh, meu Deus... Alguém me impeça de me desmanchar em lágrimas com Fingerprint! Hehehe... Esta é a balada de término do disco, e também seu 'grand finale'. Letras emocionais abrem o coração do ouvinte para uma canção pura levada ao leve piano e com Leona nos fazendo perguntar como o público praticamente esqueceu dela após a era Spirit. Só uma coisa final a dizer... Que vibrato incrível!! Minha favorita. *-* 5/5

13. Trouble (feat. Childish Gambino) [Faixa bônus]: A edição Standard ainda traz uma faixa bônus, que é Trouble com a participação do rapper americano Childish Gambino. Basicamente não muda nada, exceto pelo rap nas 'middle-8 sections'. Ainda o mesmo sentimento de angústia, ainda o mesmo desespero, ainda a mesma trágica beleza. 5/5

Deluxe Edition - Disco 2
01. Trouble (Acoustic): E aqui vamos com uma terceira versão de Trouble! Rsrs... Não preciso dizer tudo que sinto ao ouvir esta música novamente, né? Duas vezes foram o bastante. Mas admito sim que esta versão acústica intensifica tudo! 5/5

02. Come Alive (Acoustic): Come Alive acústica é ainda melhor que a versão original. Era por esta versão que eu esperava enquanto ouvia as performances ao vivo! 5/5

03. Glassheart (Acoustic): Esta é uma versão acústica que não ficou tão boa quanto a original. Isto porque Glassheart simplesmente perde toda a magia sem o dubstep no refrão, e nem mesmo os violinos clássicos foram capazes de tornar perfeita a regravação. 4/5

04. Colorblind: Colorblind é impossivelmente magnífica!! É um cover presente no EP Hurt, que Leona lançou ano passado para saciar a fome de música dos fãs quando soubemos que Glassheart seria adiado para 2012, e posso ainda não ter ouvido a versão original, mas certamente não deve ser melhor que esta!! Rsrs... Eu não tenho palavras para Colorblind. Para entender a dimensão da letra, que é complexa de tão simples, você precisa ouvi-la! 5/5

05. Sugar: Sugar é mais uma composição de Emeli Sandé, desta vez distante das conhecidas Trouble e I to You. Tem um aspecto mais acelerado e é mais amigável das rádios. Está sendo desperdiçada como uma faixa bônus! Facilmente substituiria a sexta faixa na edição comum... 4/5

06. Collide (Afrojack Remix): Lembram de Collide, o single injustiçado que foi acusado de plágio? Ele não entrou para o álbum, no fim, mas resquícios do mesmo não ficaram de fora. Este é um remix de Afrojack, que inicialmente fiquei receoso em ouvir, mas depois acabei gostando! É quase tão bom quanto a explosiva versão original! Craaaaash iiiiiinto meeeeee... Oooooon fuuuull speeed... We can colliiiiiiide! ♫ 4/5

No fim, as duas remarcações de lançamento estragaram ou aperfeiçoaram o trabalho de Leona? Se me permitem dizer, é notável que as duas coisas aconteceram! Pelo lado ruim, parece que algumas faixas foram polidas até demais, como se algum produtor perfeccionista tivesse entrado no estúdio e feito 50 versões diferentes da mesma música, para depois retirar o melhor de cada delas e incluir numa só. E pelo bom, se Glassheart tivesse saído em 2011, com uma tracklist totalmente diferente, não teríamos conhecimento de algumas composições fortes nas quais Leona só pôs as mãos este ano. Tudo o que aconteceu mostrou-se uma faca de dois gumes.
Mas e quanto a vocês? O que acharam de Glassheart? Me digam nos comentários! XX